Tudo bem que eu tinha 14 anos, estava apaixonada, com excesso poético, voltava sozinha da escola no Sol escaldante e precisava de uma distração.
A rua a qual me refiro não é bonita, não tem casas lindas, e tem o hospital onde se amontoam
todos os doentes da micro-região daqui. Mas ela tem aquilo. Aquilo que sabe que se tem, mas
não se consegue por nome nenhum. Para se acreditar é necessário abstração poética, digamos.
São 8 anos da mesma rua reta, sem sombras, sem ninguém. Só eu, alunos atrasados e motoqueiros. Mas eu gosto. Lá tem aquele que de quem se perde e acha um lugar acolhedor, sem becos escuros e caras mal encarados. Pelo menos meio-dia e vinte.
Ok. Esqueci da rua, desapaixonei, tive deficit poético, tenho milhares de distrações e tenho companhia. Mas a rua ainda surte efeito. Hoje a noite ainda estava tudo lá.
Agora com becos escuros e caras mal encarados. Mas a rua ainda surte efeito. Já eram 10 da noite. Mas a rua ainda surte efeito. A explicação é um termo geográfico. Azimute.
Nunca se está perdido quando se tem um.
A rua a qual me refiro não é bonita, não tem casas lindas, e tem o hospital onde se amontoam
todos os doentes da micro-região daqui. Mas ela tem aquilo. Aquilo que sabe que se tem, mas
não se consegue por nome nenhum. Para se acreditar é necessário abstração poética, digamos.
São 8 anos da mesma rua reta, sem sombras, sem ninguém. Só eu, alunos atrasados e motoqueiros. Mas eu gosto. Lá tem aquele que de quem se perde e acha um lugar acolhedor, sem becos escuros e caras mal encarados. Pelo menos meio-dia e vinte.
Ok. Esqueci da rua, desapaixonei, tive deficit poético, tenho milhares de distrações e tenho companhia. Mas a rua ainda surte efeito. Hoje a noite ainda estava tudo lá.
Agora com becos escuros e caras mal encarados. Mas a rua ainda surte efeito. Já eram 10 da noite. Mas a rua ainda surte efeito. A explicação é um termo geográfico. Azimute.
Nunca se está perdido quando se tem um.