sábado, 31 de janeiro de 2009

Inominável.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Quase 6

A moça aceitou facilmente aquele convite para comer biscoitos. Onde já se viu moça negar biscoitos? No outro dia, arrumação e aquele ritual do perfume, tudo seguido a reta, rotina. Descer aquela rua calorenta, ensolarada, não vai chover por muito tempo, pensou. Depois de voltas na rua, não a sós, ela e o moço finalmente sentaram-se para ouvir a música e o que eles realmente queriam: um ao outro. Milhares de afirmações e concordâncias fizeram sorrir a certeza do inusitado, e a noite adentrando e passando por demais obstáculos fez dos corações amigos de longa data. Amores.
Ele pediu a receita, ela deu. Sequer tinha dado receita, muito menos pensado numa antes, mas lá no fundo havia uma, nem tão complexa assim.
O ritual de giros que tinha seguido a tarde toda também percorria a noite e enfeitava todo o acontecimento. Arrepios, não decorrente do vento de iminência da tempestade que vinha.
A noite se tornou bela até o limite.
Cavalheiro, devagar, encantando, tirando da moça sorrisos que nunca pensou que existiam dentro dela.
Agora acreditavam, ambos em borboletas no estômago.
Devagar, que a pressa estraga.
Fechou os olhos e aguardou.
Que nome poderiamos dar àquele encontro de lábios que não foi somente beijo? Perfeição não se chama somente de beijo. O mundo parou e se bem me lembro deuses, como certa vez com Ulisses e sua dama, fizeram crescer o tempo e aqueles minutos perduram até hoje, talvez até o infinito.
E começou a chover.
A chuva acalmou os nervos daquele despertar intenso que tinha se feito lá no alto daquelas vidas.
Os olhos se reencontraram e a moça se recusou a acreditar que tudo tinha se tornado tão bom num minúsculo pedaço de sempre.
Hoje eles ainda estão lá, se beijando eternamente, porém, ela pede profundamente que o faça tão feliz como ele faz dela, e ele cuida e vela desse contentamento mútuo.






Anjo

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Deixei meu chapéu cair.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Thay

friodebaiano.blogspot.com HELOU diz:
e você minha flor? como está? ^^
- Thayline diz:
florescendo ainda!
- Thayline diz:
hehehe
- Thayline diz:
;D

sábado, 24 de janeiro de 2009

Superávit

Senta aí, e faz com orgulho das palavras dos outros as tuas só para preencher o vácuo da tua produção inexistente. Fica parada mesmo, porque cair dói e só se arrisca em quedas que tem volta.
Sexo de reconciliação de casal que precisa de unhas e lágrimas para viver mais um dia do mesmo.

Vicissitudes.

Só acredito em gente visceral, que grita, chinga, é.


Não vou chorar agora, porque nas linhas dos meus planos, chorar só acontece às 00:30
Preciso me conter agora, porque nas linhas dos meus planos, temos que manter as aparências que ditei.
Também não vou me atirar agora, isso só acontece depois que eu perco o controle.
Não vou cochilar agora, porque nos meus planos isso me desprenderia dos meus objetivos.
Mas eu acabei cochilando e acho que me perdi. Perdi o controle das regras dos meus planos, e agora, agora já são mais de 2 da manhã e eu choro descompassadamente porque os meus sentimentos também não obedecem meus planos.
Abortar, andar para o lado contrário da última missão, mas a missão sorri demais e agora que eu lembrei que sou gente e não máquina não resisto.
Ok, tudo bem, mais metas, mais regras, não adianta.
A complacência do objeto é tanta que eu acho que estou sendo enganado. Me desrespeite! Não. Nega até a morte por mim, para que possamos ser salvo porque eu sou pútrefo demais. -Sim. (Não).


Eu desacredito em tudo e tomo o seu proveito. Bem feito.

90º

Esvaziar os sentimentos fúnebres da cabeça para quem queria resolve-los, sem nenhum motivo que o tempo não desconstruísse. Uma malha enorme de questionamentos lamacentos e apocalípticos, niilistas e medrosos que só faziam suspirar quem bem entendia do bem naquela época. Não haveria explicação que convencesse, quem quer que fosse o locutor desta. Provavelmente todo ser humano tem uma idéia nata, que o faz acordar e respirar e construir enfim. A base, que jamais é desmentida. Até que alguém o encante, não necessariamente vivo, não necessariamente morto, mas que o faça mudar seus parâmetros. Ouvir, ouvir, ouvir e tentar quebrar constantemente coisas da cabeça de alguém não resolve até que ele se encante por uma coisa nova, melhor. Não acredite jamais em nenhum tipo de convencimentos simples. Humanos são movidos à fascinação, até pelo errado. Mas de que adianta reclamar se o que foi errado o encantou?
A vida nada mais é que isso, uma sucessão infinita de novos encantamentos pertubadores de base.
O que todos querem dizer com ilusão? Todo mundo sabe exatamente o que está fazendo, quando faz, só que acontecem e acontecerão infinitos outros encantamentos que farão os velhos perderem completamente o sentido.

Sábado de tarde.

A primeira coisa a fazer é se certificar de que você é humano.
Depois se você é gente.
Blablabla.
Ó, sérião. Minha preguiça me enganou e me passou para trás, depois disso vieram meus impulsos e eu, no passado, prejudiquei meu presente.
Aí, exausta, eu sentei e fiquei olhando. Um dia a coragem volta, as idéias se organizam, eu paro de ser egoísta porque quero ficar na minha e não tô nem aí...
Eu tenho sorte.
E quem disse que viver não cansa?

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Observação pouca.

Essa coisa de viver de música vai além daquelas técnicas velhas e batidas.
Fizeram corrida de guitarra, contaram os agudos garganta por garganta, juntaram todo o dinheiro do mundo e o segredo não estava contido em nada disso.
Tem mais. Clichês, claro. A vida, no fim, é um clhichêzão ambulante e isso não poderia ser diferente. É aquela coisa de se doar, de vir de dentro, esquecer o maquinário do corpo e ativar a parte sentimental.
Fazer-se música.
Músico que não acredita em sentimento é só tocador de corda, mesmo vocal.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Grace.

O cheirinho teu escorrendo em mim satisfeita com a visão, embora a posição desconfortável.
A boca mastigando algo, existência e os olhos fechados de 'ainda bem'.
Não lembro de ver nada mais bonito e tranquilo na minha pequena longa vida.
Acho que reparo tanto quando estas assim que simplesmente me pareces mais vivo então.
Engole calmamente o mundo, o sono, a satisfação, chega a não precisar de vírgulas.
Nesses momentos nem lembro das coisas do dia-a-dia, notícias explosivas e a reforma da gramática. De que vale tudo isso mesmo quando se tem um menino vivinho aninhado em seus braços?

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Eu não quis
Te fazer infeliz
Não quis
Por tanto não querer
Talvez fiz.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Ah, mentira. Já entendi.
Graças a Deus.
Isso se chama transição, que eu até já relatei que é uma coisa que eu detesto com todas as forças do meu santificado corpo que me sustenta.
Graças a Deus.
E pra isso eu não posso sair atropelando tudo pra resolver e chegar ao fim e acabar tudo e relaxar com os frutos da minha pressa e da minha urgência para desfazer as esperas e até comeria um batom pra comemorar. É que não depende só de mim dessa vez. Mas é até melhor sabe? Das vezes que eu não aguentei esperar que as coisas se ajeitassem para eu poder me ajeitar junto eu menti, me embolei, sofri, fiz sofrer. Bem típico. Ainda bem que dessa vez não depende só de mim.

Coisas que eu queria

-60 reais
-Emprego
-Paz
-Bíquini rosa e branco (branco e rosa não vale)
-Uma empregada que fizesse comida
-Paciência
-Sapiência
-Computador
-Dar adeus à sensação bocejo.


Pronto. Se eu tivesse uma lista de 9 ítens eu seria mais feliz.


Deus eu preciso me organizar.

Dia - Meio-dia

Meu corpo entrou num estado de exaustão incompreensível. Tudo dói embora eu não faça nada. Creio que eu precise de atividade, de projetos. Essa coisa parada de almoço e janta me enlouquece e eu simplesmente não sei o que fazer.
Há anos perdi a vontade e também não sei o que fazer para que ela volte. As coisas essenciais caíram facilmente em desuso e nem produzir mais eu produzo.
Minha mãe pediu para não falar em válvula de escape. Não falo, mantenho o significado real das coisas e só vou escrevendo, algo que ainda pode me garantir como alguma coisa.
Na verdade eu sei bem o que me destruíu. Esse negócio de ser igual a todo mundo vem me consumindo desde o dia da lista parcial, um inferno. Releio coisas de pessoas que sabem e me sinto melhor.
Eu detesto cortar verduras.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Amor, os planos.

Se eu já não tivesse te deixado tão cansado, perderia a paciência com essa saudade e iria aí correndo. E nós andaríamos e riríamos do tempo, das pessoas e de nós mesmos e eu veria teus olhos ficarem daqueles jeitos -alimentados com o êxtase comum- e minha vida estaria completa.
Corre um pouco, e descança nos braços mútuos.
Não creio que amor mate.

Deus

Não permita que eu invenene a mim.

domingo, 4 de janeiro de 2009

H.G. Music.

"Vai passar quando você quiser
quando você estiver afim do fim".

Bolo.

Depois da primeira vez em que fizemos chover virei um só. Uma massa compacta misturada e sem espaços. Apenas algumas galerias para entrada e saída de oxigênio. Eu e Tu misturados em mim e gases que sustentam humanos.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

E o mundo esfrega na sua cara todos que podem ser melhor que você.