terça-feira, 30 de setembro de 2008

Lua 30.

A lua,
hoje um filete de lua.
Eu,
hoje um filete de mim.

Fim de Mês.

Oh dia ruim.
Esse ano só se supera.
Por outeo lado, Lulu e o Menino Bonito fizeram tudo valer a pena.
A lua também.
Mas o que realmente isso tudo significa?
Nunca pensei que esperar algo que pode não acontecer fosse tão ruim. Eu já esperei gente, esperei obra, esperei tudo. Mas esperar à mim mesma é terrível.
Espero que esteja tudo bem. E que não seja.
Amém.
Moedas jogadas três vezes.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Coisas que passam a fazer sentido.

Na verdade, na verdade mesmo, nada existe.
A gente cria as coisas todas, automaticamente, só quando implantamos um sentido qualquer nelas.
Há uma grande diferença entre uma árvore e aquela árvore.


Por exemplo, um H colado no chão da escola não faria a mínima diferença à quatro mêses atrás.

26 de Setembro de 2008 - manhã. Ou Ensaio sobre a fuga.

Não tem lugar concreto para onde eu deseje loucamente ir. Há lugares concretos para onde eu possa fugir de. Não tem lugar concreto onde eu queira permanecer também. Vivo num vácuo onde fico sobrevoando meio à gravidade zero, sem me prender. A insatisfação me faz voar mais alto, me faz procurar o subjetivo para me apoiar. Encontro e faço do ballet em questão, a minha vida; um voa-voa, balança-balança absoluto, repetitivo. Enfadonho como boiar em águas, quando já se é leve. Viver flutuando pouco me atrai. E só me vêm à cabeça planos de fuga. Procurarei uma felicidade tão pesada que me ponha, não só os pés, mas o corpo inteiro no chão. Então talvez eu possa recuperar os eixos. Recomposição enquanto se flutua é improvável. O rumo se move paralelamente à você, te olha, manda beijo, mas pouco importa. Inércia. Acostuma-se ao ócio e ao tédio tão leve quanto à estadia forçada, associa-se ao desejo de fuga e deixa-se flutuar. Caminhos também podem surgir meio ao balançar das ondas anti-gravitacionais?

Das coisas que eu escrevo de manhã III. Ou Metalinguagem.

Logo cedo, quando comecer a conhecer as palavras, fui afetada profundamente por fomr tão simples-complexa de explicar coisas. Escritas, ainda mais belas, (pedem a expressão piegas) dançam no contexto.
Aproveitei o máximo que pude dos autores que a mim chegavam e descobri que não adiantava, palavras alheias muitas vezes faltavam sentindo quando se tratava de explicações sobre mim.
Sem muita demora, me dei de presente a missão de traçar minhas próprias linhas.
Desde então vivo no esforço de criar explicações que a mim satisfaçam, e que secretamente me expliquem.


Sentido Oculto.

Das coisas que eu escrevo de manhã II

O real problema da minha vida é não saber gerir completamente esse signo espaçoco que me governa. Quente, felino, rei. Um chato de galocha que quer ser dono do mundo.

Das coisas que eu escrevo de manhã I

Quase morri sem computador.

O mais curioso é a minha imaginação conseguir delinear os detalhes minúsculos quando eu nem estou desejando uma foto completa.
O que já era belo tem se tornado ainda mais belo, mais sóbrio, mais meu.
Eu adoraria começar uma história profunda, longa, filosófica sobre qualquer coisa, mas eu não consigo permanecer muito tempo numa idéia.
Mal mando no meu mundo, e queria que o mundo fosse meu. Com isso, transição repentina, outras regras e babaquices em geral seriam banidas. A vida seria chata.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Dia.

Bom dia mundo. Minha gargata dói e eu só tenho o seguinte à dizer:



E se for pra ser assim, eu quero você pra sempre aqui pertinho cantando as músicas que a gente ama naquela sua voz grave, enquanto eu fico dançando doida feito a macaca-pata que eu sou, e você me olha e ri e eu te olho e levanto a sombrancelha com minha cara de também macaca-pata.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

So.

I'm a train wreck in the morning
I'm a bitch in the afternoon
Every now and whitout warning
I can be really mean towards you

I'm a puzzle yes in deed
Ever complex in everyway
And all the pieces aren´t even in the box
And yet, you see the picture clear as day.

I don't know why you love me
And that's why I love you
Catch me when I fall
Accept my flaws and all
And that's why I love you

I neglect you when I'm working
When I need attention I tend to nag
I'm a host of imperfection
And you see past all that

I'm a peasant by some standards
But in your eyes I'm a queen
You see potential in all my flaws
And that's exactly what I mean.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Eu estou no meio da rua, você está no meio de tudo.
O meu corpo não quer descansar, minha mente gira como um ventilador.

Descobri!

O amor, quem decide é o ascendente.
Escorpianos, uni-vos.
Mas na verdade, a vontade é de rasgar tudo, estraçalhar o peito e pedir para que tudo isso passe logo, assente, tranquilize, e tire de mim toda a dor.


Miséria pouca também é refresco.
Meu medo era não conseguir mais.
Faço nosso o meu segredo mais sincero, e desafio o instinto dissonante.
Não há guarda-chuva contra o amor.

Deus.

Não entendo as regras de quem me governa, mas obedeço, aceito.
Se for para pagar todo o mal que proporcionei, mesmo que em doses homeopáticas, pagarei sem baixar a cabeça.
Meu nariz quebrado ainda me serve.
E agora já é tarde. Vivi demais, desenvolvi um caráter duro, que se impõe (mesmo destruído por dentro), cheio de bons argumentos e um estômago que segura toda sensação que possa destruir meu orgulho. Tombos, tombos, falam a tanto tempo que te servem para crescer. Por isso peço ao mundo que me deixe crescer como estiver planejado. Sem pressa. Com erros. Porque eu só sei ser. Eu.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Você só pensa em grana.

Por um acaso lembrei dessa música, da primeira vez que a ouvi e como eu me senti em relação à ela nessa ocasião.
Então fui reler e percebi que nada condiz, pelo menos, com meu consciente.

Você só pensa em grana

Zeca Baleiro

Você só pensa em grana
Meu amor
Você só quer saber
Quanto custou a minha roupa
Custou a minha roupa

Você só quer saber
Quando que eu vou
Trocar meu carro novo
Por um novo carro novo
Um novo carro novo
Meu amor

Você rasga os poemas
Que eu te dou
Mas nunca vi você
Rasgar dinheiro
Você vai me jurar
Eterno amor
Se eu comprar um dia
O mundo inteiro

Quando eu nasci
Um anjo só baixou
Falou que eu seria
Um executivo
E desde então eu vivo
Com meu banjo
Executando os rocks
Do meu livro
Pisando em falso
Com meus panos quentes
Enquanto você rir
No seu conforto
Enquanto você
Me fala entre dentes
Poeta bom, meu bem!
Poeta morto!...

Agora porque eu gosto tanto dela, eu não sei dizer.
Talvez um dia, quando eu fizer terapia.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

3

Gritavam nos meus ouvidos.
E eu gritava de volta.
-Eu sei, eu sei. Eu sempre soube. Mas detesto teses sem prova.

2

Acordou com um trovejo, levantou, bebeu água, fez cara de desconfiança, abriu a porta e viu cosmos e estrelas girando num fundo lilás.
Em que dimensão devia estar agora?

1

Seria bom se eu comandasse o tempo como o relógio tenta me convencer na mudança dos minutos.

LUTO

Rick morreu.
Também.
Os meus preferidos morrem antes.
Primeiro Syd em 2006.
Agora Rick.
Que ele siga em paz para o "céu da cirrose". Porque a Clarah Averbuck disse que todo bom roqueiro vai pra lá.

Amém.

Vivendo com ser humano - Parte I

Seres humanos tem problema de caráter. Seres humanos tem problema com o outro. Porque o outro também é ser humano. Logo.
Mas eu sempre apaziguei, comprendi, fiz o diabo a quatro.
Minha mãe dizia: "Menina, não procure confusão." Não procurei. Mas pfff ela sempre me procura. Não importa como.
E me acha. Puta GPS bom dessa moça chamada Confusão.
Eu vou passando distraída e opaaaa confusão.
E confusão só vem junto com um bando de ser humano. Uma porção deles. Aos montes. E seres humanos tem problema de caráter, seres humanos tem problema com o outro, porque o outro também é ser humano, logo.
Felicidade. Mandaram dizer que ela existia. Mas sempre que a gente para é porque encontrou um problema, e não a felicidade. Ah. A felicidade é só o caminho, logo a gente passa por cima até que o fim desse tipo de mundo acaba....num problema. Não. Numa confusão. Que não deixa de ser problema, mas confusão é mais sonoro.
Dias daqueles em que você não quer acordar, nem ao menos se centrar, ou resolver problemas. Ou etc. Etc,
Ser humano tem problema com o que o outro tem. Porque ser humano é muito invejoso. Ele não quer ter. Ele quer tirar. Porque tem problemas de caráter. Características fortes, firmadas por trocadilhos desesperados. E poéticos.
Ser humano tem que pisar. Ele gosta de ser pisado, mas tem que ser de leve, para que ninguém perceba, porque Ser humano é orgulhoso, masoquista. Contraditório. Ele pede desesperadamente: me pisa até o limite, até quando os outros vejam, me pisa em silêncio para que os outros não vejam, mas me pisa, porque a felicidade é efêmera demais para mim e assim eu também não quero. Mas pisar faz barulho e os outros seres humanos, cheios de problemas de caráter e problemas com os outros seres humanos com problemas de carráter ouvem e correm ao encontro para adquirirem mais problemas e mais outros milhões de problemas de caráter,e veêm e riem, então ser humano fica machucado, e como não sabe se defender porque gosta de ser triste para ter o que alegar, grita, machuca, mente. Para adquirir mais problemas de caráter e ter o que alegar para não gostar de seres humanos.
Eu sempre fui de encontro à esse ciclo. Eu fui de verdade, eu falei baixo e curei feridas por não ser humano. Ou por estar tão ocupada na minha eterna ocupação de ser borboleta para voar e cascar fora desse mundo, que esqueci de ser assim tão humana.
Mas seres humanos tem problemas de caráter e já que tinham problemas com seres humanos bem humanos, imagine com ser humano metido a borboleta?
Me pegam pelas asas e tentam estragar toda a minha fuga anti-humana, para que como todo ser humano eu não preste atenção sequer no meu caminho-efêmero-feliz.
Mas como eu falei baixo, curei feridas e falei verdades minha vida toda, para os outros, fazer tudo isso para mim será ainda mais fácil.
Me desculpa raça desolada, mas "eu bem me conheço, não sou alegre, sou até muito triste, a culpa é da sombra das bananeiras do meu país, essa sombra mole, preguiçosa" mas ainda sim eu sei voar, e abdicar do direito de ser feliz por causa de seres humanos cheios de problemas de caráter, ah isso eu não vou não.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Agora já não falta nada.
Todas as músicas de amor se misturam, mas ainda assim nada explica.

Assentamento ou Construindo Perfeição , 10 de Setembro de 2008 - Manhã.

Perfeição é construída com o tempo. Aprende-se detalhes, nuances, métodos e se constrói do jeito que realmente se quer.
Abdico de direitos legítimos para construir lentamente algo que pretendo tornar atemporal.
Se não houvesse o conceito de dor, o conceito do verbo "passar" seria desnecessário. Sem vazio não há a diferença entre o preenchido ou não.
Certa noite eu me tranquilizei por ter achado essa nova espécie de constância. Não quero mais uma vida efêmera de idas e vindas. Mas também não quero pouco. Quero uma explosão constante, qua continue acontecendo até que eu resolver que chegou. Até lá pode continuar explodindo.


Que tal se parassemos de nos preocupar com a perfeição e fazer só amor?

;*

Sem Título, 9 de Setembro de 2008 - Manhã

Por que?
Abstinência aliada à quereres desesperados e dúvidas massacradoras poem a baixo todas as pilatras de qualquer um-eu. Não sei abdicar de mim, afinal no fundo no fundo eu sempre terei só a mim, não posso me perder de mim.
Nem sei se é, se não, se foi, só sei que os olhos doem e eu não sei o que fazer com essas dores poéticas. O jeito é deixar passar.



É que quando dói atrás da cabeça, ah, aí piora, é aquela vontade de ir embora, mesmo, seco, dando satisfações a quase ninguém.
É mais ou menos um complexo, uma compulsão. Eu Sempre Quis Ir Embora.
Pro Ceará, de brinco na orelha e montada num cavalo, Alazão.

Sem Título, 8 de setembro de 2008 - Manhã

Não lembro exatamente se sempre tive esse receio ou se ele veio em algum pedaço do caminho e grudou em mim como sombra, velcro ou sei lá o que.
Logo eu que sempre defendi o impulso.
Intensa, intensa. Mas fiquei ainda mais urgente. E se me desobedeço, ah, a agonia cobre e o céu da boca dói.
Qual a diferença exata entre viver até o limite e viver no limite?

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Ciclo.

Mais um ataque da minha amiga chacrete-pombagira, me faz pintar as unhas de rosa pink de novo.
E, por um acaso, eu lembro que pintei as unhas pela última vez, naquele dia.
Quase 1 mês.







Amiga Lua, tem mais gente dividida em quatro fases por aqui.

Como é que se diz eu te amo.

É. Ah. Eu ganhei o disco 1.
E eu tô morrendo de felicidade porque além de ter sido presente Dele, tem Minha música (nossa?) Teatro dos Vampiros.


Ó céus. Ó vida. Eu estou melosa. E eu estou gostando.

Caham.

Será que eu sei que você é mesmo tudo aquilo que me faltava?

sábado, 6 de setembro de 2008

Não se comete erros de propósito.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Da Literatura.

Era uma vez um homem em contradição. Sofria por não conseguir achar um equilíbrio: A quem devo amar? A mim ou a Deus? Deus existe? Por que isso tudo é pecado? Eu sobrevivo do pecado.
As dúvidas deixavam-no taciturno, sombrio. Se enganava quem achava que ele se enfatizava na luz. Na luz, o paradoxo o atacava e ele se escondia, em antítese, na claridade.
Após esforços sem resultado, resolveu então mudar de foco.
Descansar.
E fugiu para o tal Locus Amenos. Trocou a beleza dramática pela perfeição simples. Um pastor, e sua pastora-musa, desenrolam-se pelo campo, novelos vivos decoram a paisagem.
Tanta tranquilidade fez o coração do ex-confuso homem-pastor bater mais forte, fez todo o seu ser esperar por alguém.
Mas ele não tinha sorte.
Tal qual Deus num passado próximo, sua amada estava distante demais. Como poderia amá-la assim tão sujo, enquanto ela era tão pura e bela? Criou então o seu método de amar: cantava alto, chorava sozinho, saciava sua sede carnal nas outras. Mas o amor estava todo naquela que não podia tocar. Não podendo tocar o ser, tocou música: lira, harpa e alaúde enfileiravam-se diante da dor do homem e explicavam-na em lágrimas, exagero e saudade.
Um dia, de tanto amar, cansou-se.
Caiu em desilusão e passou a apoiar-se no real. De que me adianta um mundo belo, porém distante e sofrego?
Passou a ser clínico, duro e lento.A natureza de outrora não passava de mecânica, a antiga amada passou a ter defeitos morais. Agora criticava o mundo plástico e sem brilho que criou em si depois de tanto sofer.
Com o tempo, a maturidade fez assentar todos os traumas de amor e dúvida. Ainda há algo de belo, ainda há calor meio às frias calamidades. Usemos a arte como purificação, oras!
E assim aconteceu.
Estético. Extravasado. Sugeriu, aos poucos, mudanças e exagero, até o apogeu.
Começou a ver a beleza do abstrato. E entendeu o seu problema: toda a arte, todo amor e toda dúvida, enlouqueceram-no por ser assim, tudo tão concreto. Perdeu tanto tempo até descobrir que o ser humano só seria humano na subjetividade, que agora extravasava todo o tempo perdido. Cores, borrões, deformidade. Risos insanos que explicavam toda a sua existência. Veja o futuro! Simplifique mas não explicite. Que seja controverso, anti-estrutural, reinvidique, mantenha-se pacífico.
Curiosa foi a conclusão (a qual nunca passaria por sua cabeça no início da história) de que a tranquilidade humana só seria encontrada no costume com a confusão.





Minha primeira ficção saudável, inteligente e bonita em anos.
Nasceu numa aula de literatura, e conta a história da literatura personificada num homem que não tem nome. (Porque a arte não tem nome).
Não.
Eu ainda não fui dormir. E vou acordar daqui a 2h e 30 min.
E eu gosto tanto disso.


Minha felicidade é muito pouco II.

Eu vou me embora.

E vou construir um lar com um sofá jeans de almofadas vermelhas, edredon branco de bolinhas vermelhas, uma vitrola e meus discos raros, antigos e legais. Estante de madeira e um banheiro roxinho.


Minha felicidade é tão pouco.

"Tesão, seu nome é Leão"

LEÃO: Tesão, seu nome é Leão! O leonino costuma ser intenso em tudo
o que faz. Para ele, nada é morno, não existe meio-termo. No sexo,
então extrapola, vai fundo e se atira de cabeça, sem hesitar. É só
piscar aquela luzinha da atração que o leonino perde o rumo e não pensa em outra coisa enquanto não saciar seus desejos. Mas faz tudo com muito charme, cheio de galanteios e gentilezas. Regido pelo Sol, é quente, vigoroso e quase insaciável. Generoso e altruísta, não descansa até que o(a) parceiro(a) atimja o êxtase total. Orgulha-se de ser bom amante e desdobra-se para manter a fama. A qualidade de seu desempenho acaba sendo o melhor termômetro da intensidade da paixão. ATRAÇÃO FATAL: por Aquário. Completa e imediata, que só o tempo pode diminuir.
CONTATOS QUENTES: com Áries, Sagitário e Libra, deixando na memória histórias inesquecíveis. Escorpião também atrai, mas saem faíscas imediatas que podem acabar em curto-circuito. PASSE LONGE: de Touro e Capricórnio, que não aguentam tanta energia. Com Virgem, então, é melhor nem tentar.


KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK.
OK. Ok.
Segredo da madrugada: Eu a-do-ro essas coisas de horóscopo.
Mas isso aí...Quem iria imaginar que tudo ia bater tão perfeitinho.
Gasta-se mais tempo com excessões do que com regras.




Eu sou uma leonina insegura, desesperada e tranbosrdando pensamentos.

Letras e Números.

Dos dois lados os dois interesses maiores se confudem, embora se encontrem no mesmo meio.


Eu gosto é de rascunhos e rabiscos. Não importa a estirpe.

Por fim.

Eu não me vicio em coisas.
Só em sensações.
E todo mundo fica ranqueando todo mundo, enquanto eu ouço as tais músicas com os pés frios no chão frio.

Metáfora sinestésica e repetitiva de uma figa.
Gritam, sussurram, conversam essas tristes músicas todas, e eu assinto com a cabeça, como se já não precisasse ouvir mais nada. Não preciso dizer, nem ao menos sentir mais nada.

Só a música salva.
Amém.


P.S: Deve ser o trigésimo abraço seu.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Se eu fico assim te dengando, é porque te quero bem demais.
E se as vezes eu fico chata é só por um tempinho, pra me recarregar no meu silêncio profundo de que preciso tanto.
Logo eu, assim tão auto-suficiente, que me auto-castigo, que me auto-desejo, que me auto-satisfaço, precisando tanto desse abraço para viver mais algumas horas extras?
Repetitiva.
Cansada.
Doce.
Intensa.
Urgente.
Insaciável.

Procura-se II.

Inspiração organizada

Papilionoidea Lycaenidae.

O exoesqueleto das borboletas e demais artrópodes é feito de açúcar.
Quitina para ser exata.

Agora eu entendo os 17 anos de balas, chicletes, chocolates e açucares em geral.
Um reflexo interno do desejo de criar asas.
Meu subconsciente sabia que asas eram de açúcar. Mas eu ingeri 17 anos do açúcar errado.
O novo problema é que eu detesto fungo, e esse açúcar só tem lá.


Mas eu continuo confundindo luzes com a Lua. Já é um bom começo.





Tempo.

Tudo o que é recíproco é bom.

Se espera o 'tempo' todo, que chegue o 'tempo' em que seremos mais ricos, fortes, inteligentes, felizes. Espera o tempo do morango, o tempo das chuvas, espera o tempo necessário para que retornem, apareçam. Mas o Tempo, Tempo mesmo, não espera ninguém. Às vezes até se adianta em segundos quando se olha para o relógio, para que a gente fique assim, meio assustado, meio orgulhoso de tão estranha (e repetitiva) coincidência. Mas só.
Resolvi não esperar mais nada. Fazer tudo.

Tempo sem espera.
Espaço sem atraso.

Rimas despretenciosas.

Procura-se.

Concentração em lata.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Chuva nostra II.

A gente continua fazendo chuva.
Deixa estar assim, tudo completamente bem.






Preparem as arcas.
Eu encontrei, quando não quis mais procurar o meu amor.

Combustível. Ou Pedaço. Ou Por Enquanto.

Mal fechei os olhos e você já havia se tornado necessário como qualquer ítem de cesta básica.
O mundo agora parecia tão completo que o sentido das coisas ficaram na frente da confusão das coisas e tudo ficou alí, se esclarecendo na minha frente, tranquilizando toda a minha incerteza.
Eu sentei, como sempre sento, e fiquei observando a nós, como num plano à parte e descobri porque quem via não acreditava.
Em nós dois desenrolavam o conforto e a tranquilidade lado a lado, enquanto o mundo se explodia em desespero e caos.
Nós não.
Além do pôr-do-sol, além dos risos e do arco-íris (se houvesse) éramos só eu e você, em qualquer lugar, sem nos preocupar.
O nada ficou solitário.
Tudo foi se rearrumando, meio timidamente, meio como quem não quer nada, e por fim, estabeleci horários para executar aquelas tarefas simples, das quais viemos conversando por todos os caminhos.
Horários estabelecidos, agora só resta cumpri-los. Talvez com mais alguns suspiros e sussurros.
Acho que minha polaridade inverteu e eu não ví a hora.
Mudei de voltagem.
Minha vida agora, tem exigido outro tipo de combustível para andar, e eu que tinha medo de me perder no novo, acabei me achando, no meu pedaço mais bonito, que dorme longe de mim.