quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

31. Ou A flor da pele.

E se você, em sussurros, me perguntasse que prioridade é minha?
Eu acho que pensaria pouco, eu aprendi a pensar menos depois de tudo. Eu diria que é a entrega.
Suponho que nada deu certo quando eu não me entreguei. E que semântica estranha temos agora nesse termo. Toda entrega é de mocinhas que perdem a virgindade com quem conseguiu persuadi-las melhor. Mas se você bem me conhece, sabe que não falo disso, como jamais falaria. Falo de impulsos. Humanos. Gerais. Pense só nas milhões de oportunidades que não perdemos sem parar e voltar por onde veio, só por estalo, porque sim. Imagine gritos, choros, falas, gemidos presos só porque não era hora. E provavelmente me perguntará se eu não sei me controlar. Ora, e como sei. Mas ser racional cansa demais, tantas explicações e lógicas comportamentais tiram o fôlego até do mais atento e racional, não concorda?
Recupero o meu - fôlego- e te digo que se me recusei, se me segurei, se não fiz, foi também porque me entreguei aos impulsos do não.
Como pode? Não sentaria, porque tu não senta quando está perplexo, também falaria muito muito, e eu prestaria atenção em tudo, mas tu podes ver que a vida é uma corrida, um salto de trampolim num lugar onde se bóia e não se sabe exatamente a profundidade?
É preciso principalmente experimento e torcida. Torcida para estarmos fazendo a escolha certa.

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Felicidade citada.

De que valem meros conselhos fajutos que supoem fortalecer o 'auto-astral'?
Deus em sua perspicácia, não inclui nas funções do olhos matar.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Sorte de hoje: Comece a ler um livro hoje

Hoje eu acordei com uma vontade de foder o mundo. Mas não do modo negativo, nem do bíblico.
De fazer as coisas ficarem 'de foder'. Dessa vez por satisfação, não por vaidade.
Bom Dia :)

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Conclusões.

Não existiu.
Não existiu.
Não existiu.
Não existiu.
Não existiu.

Êxtase solitário, mentira, causa e efeito, sonhos demais, nada, espelho.
Mas nunca irão entender.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Sorte de hoje: Estude como se você fosse viver para sempre. Viva como se você fosse morrer amanhã.

E o orkut concorda comigo.

2009

Para compensar 2008, resolvi que 2009 será o ano e já comecei a tomar as providências.
Comer uma maçã por dia, curar minha garganta, tomar remédio de verme, passar hidratante gravar as músicas. Tirar as músicas da minha cabeça, estudar piano laraia. Ter um piano e instrumentos foderosos de sopro.
Tomar conta de todos os dois milhões de livros e discos que eu tenho que ler e ouvir.
Tomar vergonha na cara e virar gente.
"Nem você sabe quem é". Mas eu resolvi saber. São nesses não saberes que a gente faz bobagem, que a gente se embola de medo por que não tem certeza que aquela pessoa pode saber.
Para definitivamente de roer as unhas, fazer todos os cursos de quaisquer coisa (que me interesse). Economizar dinheiro, experimentar ser mais gente.
Não na hipocrisia de todo mundo que quer só ser melhor. Melhor que o que? Eu quero ser eu, por que isso é importante por demais, e eu fiquei aí bobeando tentando só existir, e quase me lasco. Ainda é possível que eu me lasque, mas será uma lascação consiente, segura, não só por que fiquei sem saber o que fazer, por não saber o que eu faria. E fiz errado.
Muitas coisas dessa listinha já estão em andamento, e eu me orgulho, por que quem precisa se orgulhar sou eu. O por vir é lucro.
Outras eu vou deixar pra quando as em andamento se fixarem como cotidiano. E outras para quando eu estiver pronta.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Dreams, incosistent angel things.

No meu sonho você me abandonava por causa de uma convenção qualquer e eu ficava às sós na rua escura das árvores correndo todo e qualquer risco.
No outro sonho eu dançava num palco de apresentação escolar e depois is embora nua, tirando e colocando somente os casacos que me vestiam.
No fim eu estava com vários desconhecidos num mar tranquilo.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Sou daqueles que vivem no descanço dos olhos.
Minha mente crê que uma frase é um hiperlink, que guarda todas as idéias num pedaço de idéia só.
É um conjunto de silêncio que faz as minhas idéias. E mais outro conjunto de clichês incansáveis.
Ou poesia em prosa ou vômitos de agonia. É que eu escrevo. Só escrevo, sem mais nada.
Vagarosamente resolvem-se as coisas e eu fico aqui, pedindo dias nublados que me lembrem aqueles outros dias nublados em que a luz dessa janela lateral não cansava meus olhos independentemente do quando eu ficasse aqui escrevendo o que quer que fosse.
Da saudade que invade, das rimas que não foram pensadas, dos arrependimentos que me cortam.
Falta alguma coisa que eu não sei.
Incerteza talvez.
Eu queria ter menos medo e mais dinheiro.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Quasados felizes.

Davi diz:
no final de contas quase é realmente bom
Davi diz:
que ridículo: 1,84/1
http://friodebaiano.blogspot.com HELOU diz:
eu já escrevi sobre isso mowahaha
Davi diz:
sabe o que é isso?
http://friodebaiano.blogspot.com HELOU diz:
hum
Davi diz:
concorrência da UNEB de inglês O.O
http://friodebaiano.blogspot.com HELOU diz:
obrigado senhoooooooooooooooooor
Davi diz:
=]
Davi diz:
afinal..... TÚ VAI FAZER OU NÃO????? (nunca me lembro...)
http://friodebaiano.blogspot.com HELOU diz:
claro que vou //^^
http://friodebaiano.blogspot.com HELOU diz:
e aprender a largar de ser pau no cu
Davi diz:
êêêêÊêêê
Davi diz:
é nóis na UNEB!!!!
http://friodebaiano.blogspot.com HELOU diz:
(expressão pesada eu sei mas tu sabe que eu me expresso)
Davi diz:
e, claro, agente vai tentar UFBA até a morte, né?
http://friodebaiano.blogspot.com HELOU diz:
DEIXA EU TE CONTAR UMA COISA MASSAAAAAAAAA
http://friodebaiano.blogspot.com HELOU diz:
CLARO
Davi diz:
=] claro... você é FODA, ESCORTA
Davi diz:
afinal, a prova nos desafiou, cuspiu em nossa cara..
Davi diz:
agente vai MATAR ELA!!!!!!!
Davi diz:
AAAAAAAAAAHHHHHHHHHH
Davi diz:
GRRRRRRRRRRRRRRRR
Davi diz:
uheuehehueheuhe
http://friodebaiano.blogspot.com HELOU diz:
e comer os mioloooos


http://friodebaiano.blogspot.com HELOU diz:
mowahahaaaaaaaaaa
http://friodebaiano.blogspot.com HELOU diz:
nhac nhac
Davi diz:
É
Davi diz:
=] heheheeheheh

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Senhorer posers:

Se vocês decidem belamente fingir que é outra pessoa, fingir que sabe falar, e fingir outras coisinhas mais, sem problema, afinal isso afeta somente você.
Mas por favor parem de fingir que gostam, porque isso enlouquece profundamente as pessoas que criaram seus ídolos desde criancinha, modelaram o amor por cada um deles e sabem bem tudo o que dizer sobre e para.

Grata.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Não me podes.
De que adianta apreender o que faço, quando você nunca o fez?

Título:

Aprendi a ter essa paciência inquieta, que joga fora os talheres mais espera a comida.
Não espere de mim absolutamente nada silencioso. Não que eu berre o tempo todo, mas meus olhos também falam.
A falta, a dor e tudo o mais gritam sussurrantemente.
Como todas as moças que admirei a voz, sofro em canções melodiosas que poucos entendem, são conversas impacientes.
Me relembraram a capacidade que tenho assim, também. Não sei viver sem dizer, por isso escrevo.
- Eu não disse ao senhor que não sou senão poeta? Disse um velho amigo que muito entendia e que não conheci.
Agora me diz como vou viver sem esse grito sussurrante que me acompanha a tanto? Me diz como vou viver sem as aventuras que ele me proporciona e que faz parte de mim. Sorte que quem comigo pensa, pensa junto.
Ponto.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Você estava certo. De novo.
Eu sou fajuta demais.
E agora só me resta repetir mais outras fases de auto-apoio para fingir que está tudo bem.
E cantar eu sei mesmo? E escrever?
O problema é que eu não tenho costume de repetir coisas.
Tenho?

É sempre assim.

É sempre assim.
E eu não quero ouvir comentários sobre isso.
:]

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

2.

Desde que se compreenda, está tudo bem.
Mutável. Redondo. Torna-se qualquer coisa o tempo todo. Há apenas uma tênue linha que separa o que se foi do que se é, do que se será, e desde que se compreenda está tudo bem.
Estagnação nunca combinou com um mundo assim tão plural.
A mocinha da janela espera anciosamente a escolha de um qualquer que se diz mais importante, e que poderá mudar sua vida.
No que será que vai dar?
A antecipação também é assim, relativa. Quantas vezes quebrara a perna tentando pular obstáculos que anteriormente causariam apenas alguns arranhões?
Com essas coisas não se brinca.
O que tu tens de verdade?
Medo. Medo. Um medo tão ensurdecedor que me impede de efetivar todos os verbos do infinitivo.
Pobre. E se de uma hora pra outra as verdades absolutas se inverterem? Acostumarei todo o meu ser de novo?
E guardar tudo para evitar desconfortos? E o medo do ser não ser que ecoa ecoa ecoa na cabeça como uma prisão fácil?
Era. Mas.
Para que servem as coisas que desfizemos?
Alicerce.
Que importa?
Continua. Menininhas tiram foto nos marcos paternos.

1.

E fechavam os olhos intermináveis vezes, desde que fosse necessário amortecer os suspiros.
O mundo podia ser melhor, assim como nos momentos amortecedores de suspiros, e se assim fosse, poderiam fingir, os dois, que eram bons e que o amor realmente existia.
A casa cheirava àquela escuridão, poeira e tristeza. Embebedava facilmente todas aquelas mentiras misturadas na vontade de sim.
Muito do inexistente, omissão do que se sentia. Dias e dias e o fim.

Breathe, breathe in the air. Don't think afraid to care. Live but don't leave me.

O mundo tá estranho.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Caixa de Entrada.

Enfim, faxinei minunciosamente, sem ler, coisas que não existem mais.
Esquecidas no fundinho de uma pasta adicional qualquer do email. É curioso ver como as coisas mudam, deixam de ser o que eram e ficam só lembranças renegadas pairando pelo mundo afora.


É a dinâmica do mundo.

______
O mundo dá voltas sim, e quando a gente menos espera ele traz surpresas e vira nossa vida de cabeça para baixo! O que fazer nessas horas? Agradecer a Deus por todas as dádivas que Ele nos envia.
Alguns dizem que a vida não é fácil, mas eu prefiro acreditar naqueles que dizem que ela é simples sim, a gente que complica.
Acredito que o grande saque dessa vida é transformar nosso espírito. Peço a Deus que me dê sabedoria, tranquilidade, serenidade. Que eu consiga pôr em prática aquela máxima de amar a Deus sobre todas as coisas, porque quando nosso espírito se torna um santuário Ele vem nos visitar e acalenta nosso coração. Nesse momento nós percebemos que a vida está sempre nos sorrindo, nós que nos emburramos e procuramos voluntariamente pelo sofrimento. Como já diz aquele velho ditado: 'A dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional'.
Então é isso que busco, tornar meu espírito um santuário, agradecer a Ele por todas as maravilhas que vivenciamos, me despojar de velhos preconceitos, medos e idéias tolas e sentir plenamente a grande e surpreendende aventura que é estar vivo.
A paz de espírito é o maior tesouro que podemos ter, essa é minha grande aspiração e que Ele me permita alcançar essa graça. Que o grande amor de Deus nos abençoe, cada dia e cada dia mais.

Dani Modesto in http://www.fotolog.com/dani_mieze

Absolutamente Nada.

Música do dia:

Decode - Paramore.


Hoho.
Quem toma conta dessa eminência de nada pra fazer que está aqui agora?
Uma sensação simples de suspensão.
Como se houvesse só eu os sapatos, o vestido novo e a música de uma garota que tem cabelos vermelhos.
E eu respeito pessoas de cabelos vermelhos.
Olha. Eu cheguei a conclusão de que a sensação bocejo é uma necessidade da minha existência.
E que eu sou noturna porque, como já me disseram, é de noite que eu convivo com meus demônios.

Bom dia =D

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

A Record é risória.
Ela não quer ser a melhor emissora.
Ela quer ser a Globo.
A voz do âncora desse jornal é idêntica ao do Bonner.
Aiai.

R:

Significado Evolutivo

A dor é uma qualidade sensorial fundamental que alerta os indivíduos para a ocorrência de lesões teciduais, permitindo que mecanismos de defesa ou fuga sejam adotados. Embora possa parecer estranho, a dor é um efeito extremamente necessário. É o sinal de alarme de que algum dano ou lesão está ocorrendo.

Por exemplo em certas doenças como a hanseníase podem ocorrer lesões nas terminações nervosas, tais, que a dor deixa de ser percebida. Isto faz com que com o passar do tempo ocorram lesões que podem vir a desfigurar o portador. Como o doente não sente dor, acontece por exemplo de cortar um dedo com a faca sem o perceber. Ou, em lugares onde as condições de vida são muito precárias (como nos tempos antigos eram os lugares onde os doentes eram confinados) ter-se uma parte do corpo comida por ratos.

É no fundo um estado de consciência com um tom afetivo de desagrado, às vezes muito elevado, acompanhado de reações que tendem a remover ou evadir as causas que a provocam. Ela é produzida por alterações na normalidade estrutural e funcional de alguma parte do organismo.

Fonte: Wikipédia



Então tá.

P:

Pra que serve a dor exatamente?

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Aiai.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Chuva II.

Da última vez que choveu assim eu estava na quinta série e saí com semi-amigas para locar um filme qualquer.
As ruas alagadas, as roupas de frio, o completo encharcamento dos corpos, carros e tal. Minha mãe interceptou o passeio inocentemente desobedecido.
Foi minha primeira dívida (ou não) e a primeira vez oficial que me fiz de desentendida.

Chuva I.

Da última vez que choveu assim, eu ouvi Fiona Apple e Amy Winehouse, lí o brazileira!preta, na época récem descoberto todo de uma vez, deitei e vivi muito muito.
Hoje, a água é a mesma, cai do céu, o escurinho que todo esse ecossistema chuvoso causa, e eu sou...eu ainda. Mas ora. Eu viví, lí a Clarah Averbuck, ouvi Amy, mas amei mais que tudo isso.
O amor tornou-se uma coisa rotineira, segura. Chego, abro os olhos e todo meu corpo lembra.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Diia.

É tudo assim.
Se fala de sexo é pervetido.
Se fala de política é quadrado.
Se fala de meio ambiente é hiponga.
Se fala de amor é babaca.
Se fala de dinheiro é unha-de-fome.
Se fala de tecnologia é nerd.
Se fala de literatura, matemática ou qualquer coisa cujo nome tenha mais de 5 letras é cabeçudo ou variantes.
Mundo chato, enfadonho.


Só a música salva.
Só o amor salva.

sábado, 22 de novembro de 2008

Queria poder te olhar nos olhos e fazer seu mundo brilhar um pouco mais.
Queria te fazer feliz, te fazer seguro, tranquilo e maduro como você me faz.
Queria te fazer melhor como você me faz.
Te sentir respirar calmamente no meu colo e saber que cuido de você.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Véspera.

Hoje de manhã eu acordei com teu cheiro.
Bem marcado, específico, que ninguém mais entenderia o significado, só eu mesma, porque sempre estive lá.
Escutei tuas músicas, nossas músicas, minhas músicas e descobri que tudo já virou uma coisa só. As músicas de nós.
O cheiro de nós.
Uma mochila com as roupas contadas, e as reservas, qualquer coisinha que me arrume.
Esperando às 9 da manhã para fazer um telefonema, depois me arrumar e ir te dar os últimos sorrisos antes da nossa primeira saudade oficial.
Aspiro ainda mais teu cheiro e meu cérebro entende fácil que você não é meu.
Está em mim, é diferente.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

.

Dialética

É claro que a vida é boa
E a alegria, a única indizível emoção
É claro que te acho lindo
Em ti bendigo o amor das coisas simples
É claro que te amo
E tenho tudo para ser feliz
Mas acontece que eu sou triste...

Vinícius de Moraes
Eu pensei em uma prece. Você captou e pediu primeiro.
Amém.

Pressa.

Queria resolver tudo de uma vez, mesmo que fosse necerssário um milhão de saltos de etapas, para depois sentar e curtir uma felicidade qualquer.
Logo eu que falo mal de quem aceita migalhas. Eu aceitei migalhas de mim, ora bolas.
Urgência.
Urgência.
Urgência.
Urgência.
Aprendi do pior jeito que apressado toma no cu.
Mas eu vou pagar tudo sozinha.
Naquela tarde em que acordei porque o sono acabou, encostei em ti e fiquei te sentindo respirar.
Você não é mais uma das histórias que eu inventava, um amigo imaginário que eu imaginava para não ficar só.
É complemento completo. De verdade.
Estava alí, olhos fechados, um anjo que respirava.
Melhor que amor puro, é amor vivo, concreto em carne sangue e tudo.
E você estava vivo alí, em meus braços. E não havia felicidade maior.

Inoperante

Não me lembro bem quando comecei a ter tanto medo.
Meu corpo até então agia como se eu ainda tivesse força. Não. Como se eu ainda usasse minha força. Estava errado.
Não me lembo bem quando perdi aqueles gritos, que surgiam da minha revolta quanto à qualquer coisa.
Meu corpo ainda agia como se eu me revoltasse com a crueldade, e fingia que todos os meus silêncios eram justiceiros. Estava errado.
Não me lembro ainda, quando passei a ser tão covarde.
Meu corpo ainda agia como se eu valesse algum centavo quando sou contra qualquer coisa. Estava errado.
O pacifismo tomou conta da minha alma que me levou à omissão completa do meu eu. Qualquer coisa que me levasse à tranquilidade, merecia minha omissão. Mas era só medo.
Um medo feito só de medo, não de justiça, nem de nada. De falta de mim.
Eu me perdi em algum pedaço daquele labirinto de que te falei.
Eu me perdi toda, e os meus erros, os meus medos, se transformaram numa bola de neve e caíram em cima de mim fácil. Porque nã havia uma só redenção que me apoiasse.
Me apoiei num mundo fácil de fácil saída só pro meu prazer. Só para sobreviver.
Roubei, enganei, menti. De mim, a mim, para mim, afinal.
Parei de agir.
Frente a qualquer problema só fechava os olhos e exigia a Deus um milagre qualquer que me mantesse viva, que me salvasse das coisas que eu achava não merecer. Merecia. Então, sentava do meu trono invisível e esperava.
Naquela noite, todos os meus erros sentaram na minha frente e me olharam nos olhos. E eles só existiam porque eu tinha provocado. Desespero. Não havia a mínima possibilidade de que um milagre caísse do céu para desfazer coisas já feitas, gravadas em alto relevo em pedaços da minha história. E eu não pude saber o que fazer. Só sabia esperar milagres. Não fiz nada. Desaprendi.
Todas as minhas vitórias, todas as minhas dádivas pareciam estar no passado. No tempo em que eu bordava, no tempo em que eu desenhava, no tempo em que eu costumava ser gente,do jeito que gente deve ser, no tempo em que eu costumava ser eu e me atirava na cara de quem quisesse me roubar isso.
Onde está tudo?
Uma mentira fajuta tomou conta da Lourdes que eu era, e esta, de verdade, fugiu de mim, de vergonha e nojo, e deve estar sentada lendo e tomando café em qualquer canto e cantando "Eu acho que eu deveria ir agora, ela está me esperando para se arrumar, e me dizer que está arrependida, e assumir o quanto está arrependida. Eu acho que estou queimando, e que deveria ir mais devagar, estou perfeitamente bem, só preciso deitar um pouco", como dizia aquela música que eu tanto ouço e que era um recado da antiga eu para mim mesma.
Você gritava por dentro e dizia com a dor de quem ama que me queria de volta, e eu por instantes, não entendi.
Acontece que agora eu sei que eu também quero quem eu era de volta.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Remorso.
Tenho a vida doida, encabeço o mundo, sou leonino torto, vivo de amor profundo, sou perecível ao tempo, vivo por um segundo, perdoa meu amor, esse nobre vagabundo.
Eu me vendi por uma tranquilidade passageira.

Assumo.

Ecoava na minha cabeça a frase. E você captou.
Destinados a sempre entender, a sempre estar lá.

Se eu te escondo a verdade, baby, é pra te proteger da solidão.

Você sempre sabe.

Ariadne

Muito além de demarcar o caminho é salvar a vida do perdido. Completo. Respirando lentamente puxava a linha aos poucos mesmo que isso te provocasse dor. Sereno. As verdades todas pulavam dos olhos como se não houvesse demarcação entre o lado de dentro e o lado de fora, e assim, tudo limpava o outro lado do tudo. Lágrimas do erro que simplesmente lamentava sua existência, este acompanhado do medo, completava os maus caminhos, os maus percaussos.
Tinha seperdido no labirinto cedo, para evitar que atritos corriqueiros passassem a existir, seu coração sozinho, labutava fácil na solidão perdida de curvas escondidas que haviam sido deixadas para trás num segredo traiçoeiro.
Solidão é quase como fome. Solidão é fome. E se engana do mesmo jeito: qualquer comida, qualquer companhia pela metade enche o vazio por algum tempo. Na próxima seca mais uma bobagem qualquer para saciar. Entretenimento. Fingia que não se enganava para não causar confusão. "Não procure confusão", ecoava na cabeça o conselho materno, uma obediência natural. Sofria. Muito, as vezes tanto, mas as coisas estavam inteiras. Não havia do que se queixar se gostava daquele vazio, daquele sozinho para preencher com todo o seu ser. Vaidade de poder ser melhor por reger um mundo só seu, por poder ter um mundo só seu. Mentiras, falsidades, tudo era aturado, e tornava-se poder: melhor é aquele que oferece a misericórdia. Mas secretamente, a dor doía mais. Um peito gritava os bens perdidos que não voltavam, um peito gritava a desgraça de estar só e perdido meio à todas as curvas deixadas para trás em forma de segredos em falso.
Até que um dia chegou, vindo do outro lado, um ser com barbante. Vem comigo, sorriem os olhos que falam (para quem entende), os olhos de quem vê a dor do mundo, e toda a dor acorda em susto e se perde por alguns tempos no novo medo que anscia, o medo do novo.
"Como posso eu que sofri tanto, que só agora consigo me recolher em paz, cair novamente no por vir?"
Mas os olhos sentaram e esperaram junto com todo o corpo e um carretel, o tempo transformar o medo em confiança.
Tempo.
Levantou-se calmamente - todo o medo havia desaparecido- e resolveu confiar no ser do cordão (coração que é coração mesmo nunca desiste) e enfiou-se na volta das milhares curvas de segredos, dos quais tinha fugido por tanto tempo. E embora o receio - um medo mais fraquinho- viesse ao seu lado, o ser do barbante sorria e olhava, e resolvia tudo.
O perdido não lembrava que houvesse tantas curvas, e queria cair em pranto a cada dor marcada com grau e cor nos pedaços do labirinto, mas se controlava agora que ele amava (tinha descobrido na quinta manhã da longa volta) e não se sofre para quem ama. E as curvas pioraram, os erros chegavam a sufocar, e quando não conseguiu mais ver seus dolorosos segredos, tentou dar voltas, mentir que lembrava o caminho, para desviar de tão terríveis lembranças.
O ser do barbante, porém, sabia que eram voltas falsas, mas seguiu. Até que cansou. Pegou o perdido pela mão e jogou-o cara a cara com seus erros. Não havia mais para onde fugir.
Palavras somem, água e sangue descem pelos corpos. O perdido tentava enganar a si próprio.
Pouco se sabe quando se muito se tem a dizer.
Os olhos borram. Se eu escondo a verdade é para te proteger da solidão eminente de mim.
Mas era uma solidão covarde. Tentou fugir, mas ao ver o perdido relutar em ficar, o ser do barbante ouxa-o pela mão e canta mil antigas daquelas que acordam os homens e adormecem as criças.
Meu peito dói porque eu gosto, eu me deixo doer - perdido explica. Mas não era necessário. O outro ser tinha o barbante porque sempre sabia.
Centrado, escuro , inteligente, porém covarde. O que é preciso sempre aparece. Nãohá dúvidas quando simplesmente é. Chave, fechadura.
Pega o fraco pela mão, chora (só por dentro porque não se sofre para quem se ama) e enrola de volta o barbante, aos poucos, para não assustar quem dorme.
A culpa ainda range (porque não se machuca quem se ama) mas o amor põe-a para dormir aos poucos, na cadência que os olhos deixam.
A luz pós-labirinto é a chance de poder ser num novo sistema, de claridade. Luminescência.
Poder ser sem temer. Ter uma direção para poder atirar-se sem olhar. E poder repartir o barbante para quando o outro precisar.
Se tu me salvas só por teu amor, só por existir, imagine, com grandes esforços pode até dominar o mundo que tanto quer.
Divide comigo teu barbante porque já tenho em mim um muito do que há em tí. Eu faço o teu caminho de volta se por um acaso o mundo faça tu perder-se de mim.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

3

"E eu morro de saudades no segundo sem te ver". Coração não é para os pobres. Nós sabemos bem o que fazer com o nosso.

2

E eu ouviria tuas músicas milhões de vezes, tocaria a campainha outros milhões e te olharia nos olhos provocando aqueles teus sorrisos outros milhões, só para viver mais muitos dias, só para lembrar como parece a felicidade quando ela é concreta.

1

A cada despertar, a cada mudança de tempo, a cada segundo eu penso que morrerei de saudades. Mas eu sobrevivo, eis a melhor parte.
Eu não te amo porque preciso de ti. Eu preciso de ti porque te amo.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Não se pode tudo.

Mesmo que o Sol estivesse tentando desnaturar todo o meu ser, eu levava nossos segredos tatuados no meu peito, e ninguém sabia que mesmo com tanto calor eu podia ser simplesmente feliz.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Eu distribuo um segredo como quem ama ou sorri,
do jeito mais natural dois carinhos se procuram.


Drummond.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Sobre Olhos Falantes.

Terei tempo.
Hoje eu encontrei nos teus olhos a afirmação: terei tempo.
Não me importam mais os medos do passados, os erros cometidos. Quando eu quiser poderei guardá-los todos naquela tua caixa em forma de coração, só por um tempo, para que eu possa fazer do tempo que terei o que eu quiser. O que eu quererei é enorme, terá trilha sonora e letras sofridas, mas eu farei, e irei querer. Podemos fazer juntos, em conjunto, em milhares, mas teus olhos mandaram drizer que eu terei tempo, assim sem pudor.
Não falas mais nada. Nunca precisou explicitar nada, na verdade, com teus lábios. Teus olhos são afoitos e apressados; falam tudo antes e eu entendo de antemão.
Nossos olhos se entendem melhor que minhas advinhações e tuas palavras (ou semi-palavras), disso não há dúvida, e muito mais me importa o que não há dúvidas.
Assentimos.
Sentimos um ao outro de forma clara, declarada, mas não indolor e tudo se faz entender simples, mas ainda assim humano. E no diálogo de hoje, sem palavras ou qualquer expressão vocal que eu entendi que terei tempo, e contigo.
Essas coisas a gente sabe, eu disse, e você balançou a cabeça. Pouco sabemos, mas muito queremos que assim seja. E apesar do meu medo se assumir, gritar por todos meus poros, eu hoje, creio que terei tempo para fazer o que eu bem entender, e entenderei muito, entenderei sem fim, sem medo; meu medo está guardado no seu closet in a heartbox. Aproveitarei então, para largar lá aquela vergonha, a do samba, a do canto, a da expressão que meus dedos e minhas palavras escritas sabem mostrar.
Já pensou se minha arte toma corpo, de verdade, sem ser essa coisa restrita a rabisco e digitos? Não me pergunto se serei mais feliz, mais bonita, ou qualquer coisa pequena. Te pergunto se já pensou no que aconteceria se assim fosse.
Peço para que não te preocupes, não deixarei nunca de ser eu. Se assim acontecer serei mais eu ainda, com restrições guardadas numa caixa, mas ainda assim serão minhas. Também não me esforçarei para que ocorram aprimoramentos, eles simplesmente acontecerão naturalmente.
Por que natural é o tempo que terei, e de hoje em diante nada forçado me importa.

29.

Seguirão dias e mais dias e a data estará eternamente marcada. Não importa quanto tempo passar.
O corpo responde, a emoção avisa antes mesmo da razão entender os motivos.
A razão é tardia e boba. Tenta explicar para a emoção o que aconteceu, não consegue e recolhe-se num cantinho solitário sustentando o ser de quem quiser que ela sustente. Mas só.
A emoção meio se perde, meio não acredita, meio acha que foi tudo sonho e sorri desentendida, mas sabe exatamente onde está a falta, o defeito.
A razão se concentra no apoio e esquece-se sempre do que a emoção fala quando faz doer todo o ser com estímulos tristonhos.
Não é só saudade. Saudade é apenas o ato de sentir o que alguém/algo te proporcionava, mesmo não estando lá.
Creio que não houve sabedoria humana para criar o nome disso.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Tente entender.

Felicidade é uma coisa relativa.
E a minha, hoje, eu sei bem onde encontrar.
Minha casa é o lugar mais longe do mundo. Principalmente nos dias mais quentes, sozinhos e decepcionantes.
Eu sinto cócegas de amor nas boxexas.

domingo, 19 de outubro de 2008

Dias.

Eu ganhei ouro no xadrez.
Decidi escrever um livro sobre o amor.
Tive insônia depois de uns 4,5 anos sem saber como isso parecia.
Tô com a cabeça cheia de idéias, confusões e saudades.
Tinha um post todo bonitinho na cabeça até uns segundos atrás mas já era.
Vou ouvir blues até o mundo acabar.
Vou fechar os olhos e ver teus olhos me salvarem.

Vou me deixar ser salva.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Fazendo um clipe pop em alguns passos.

-Gema
-Rebole
-Faça cara de mau
-Se esfregue na batida da música em seres do sexo oposto
-Olhe bem sexy/decidida(o)/puta(o) para a câmera
-Ventiladores em todos cantos do set


Vale lembrar que a música deverá ser previamente encaixada no padrão pop: se for direcionada à mulheres fale de 'Cafajestes' ou 'Não te ligo mais', se for direcionada aos homens fale de 'Cornos' ou 'Gostosas'.

Sucesso garantido.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

2008

Incrível como as coisas todas podem acontecer num ano só.
Eu não sei o que dizer, o que fazer, o que criar, do que cuidar, como resolver, como me curar, o que ouvir, como para de fazer draman, como melhorar, não sei fazer sentido nem me virar sozinha quando tenho todo mundo.
Eu só sei aguentar e esperar passar. E não é todo mundo que aguenta. Muitos desistem. E eu sigo sozinha.
Eu luto por causas vazias e solitárias que ninguém entende.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Cheio Vazio.

Meu coração e sua estúpida brincadeira de cheio vazio explode em alegria fácil, mas também despedaça-se num piscar de olhos.
Dou tudo o que tenho, até as raízes, até acabar, mas poucos me dão de volta. Sempre 100% com tudo, quase nunca 100% comigo.
Dói. Mas eu sei doer, eu sempre soube doer e pretendo morrer sabendo doer. Doer bem, bem dopido, só para que depois da dor vazia venha o enchimento e a explosão do meu coração de novo.
Não creio que seja egocêntrica. Não me entregando tanto.
Na verdade entendo pouco, sinto demais.
Não me chove, não me acalenta, não agora. Até a próxima cheia.
Sempre perguntam o que quero mais da vida. Eu quero ir embora. Para qualquer lugar que não seja. Que seja. Frio acalentado, dor curada. Qualquer conjunto de antíteses e paradoxos que me atraiam. Qualquer lugar onde minhas sinestesias possam aflorar, existir, consolidar.
Minha garganta só reclama baixinho das coisas que eu não entendo e das coisas que me fazem sofrer. Eu odeio explicações, não preciso delas. Não se precisa explicar poemas, sentimentos, reações, e é assim que eu gosto: automático, natural.
Dor deveria ter bula também, onde explicasse todas as reações que levaram você até alí.
Não é frustrante. Só meu corpo dói. Eu poderia passar meus 4 dias mágicos em qualquer lugar menos aqui. Não no lugar, no endereço, mas na situação.
Cada um cor sua dor. Não derramem suas lástimas em quem não quer suas lástimas. Ninguém tem culpa. E eu só acolho as dores de quem eu quero. O colo é meu.
Me leva para lá vai, me leva.
Onde abraços não são poibidos, todos podem simplesmente ser, o tempo está ao nosso lado e as regras são justas.
Me abraça pra sempre e deixa aquele cheiro por todas as partes, sem medo de eu ser por demais assim, sem medo de tristezas e coisas ruins. Coração, gente, é tudo assim mesmo, coisas cheias de faces e fases. Mas não me deixa só. Só não me deixe só porque eu já cansei dessa forma minha de ser só. Po que eu me perco demais assim e as coisas perdem o brilho, o contraste, e tudo vai doer mais. Não peço para que me acalente até o fim, que me explique todas as coisas que queira cuidar do que sinto. Por que isso é meu afinal, e dessas dores cuido eu do meu jeito. Só não solta a minha mão senão eu sento e fico só sentindo as ondas, sem me mover.
Eu não sei me adaptar ao tudo mais. Eu só sei ser eu, muito eu, toda eu, completamente eu, e nesse paconte de mim mesmas as coisas desagradáveis, as teimosias e os defeitos vem junto.
Eu já doí mais, quando entendia pouco, porque não queria ser eu, me enganava e era daquele jeito que doía. Hoje eu sou eu, à flor da pele, sem restrições, e ainda dói, confesso, mas dói menos porque sendo eu eu sei quem me arranjar. Porque eu sei como cuidar dos pedaços de mim.
Ir embora para começar do zero, porque eu iria crescendo aos poucos da soma às equações, e quando se faz sozinho, se sabe onde emendar, onde perfumar.
O mundo é assim mesmo. Esse mundo que é meu também.Ninguém (ou quase ninguém) entende nada e fica querendo apitar, regular, mandar em qualquer pedaço do que não se sabe.


segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Eu peço.

Eu peço que chova. Que chova tanto. Que caia um chovaréu daqueles que molham tudo sem destruir nada. Ou quase nada. Que chova numa madrugada nossa até quando quisessemos.
Eu peço que esfrie, até que os corpos colem e relutem em sair dalí. Peço que troveje sem dar medo, que raie sem matar, que molhe pra renascer.
Peço que se faça calor, já que se fez luz com tanta rapidez, facilidade. Peço que se complete amor naquela cadência que todos procuram.
Eu peço que esfrie cabeças e que, de cabeças frias, os corações precisem aquecer para a sobrevivência. Peço que corações ardam, queimem, estraçalhem-se no calor iminente da compensação termal.
Eu peço. Eu peço que a noite dure mais, que a noite dure o exato, e que o silêncio seja bom, satisfeito.
Eu peço que a manhã demore de chegar, e quando chegar que não atrapalhe nem corte a vibração do meu pedido de chuva. E que a chuva se acalme deixando gosto de tudo.
Eu peço que a lua seja testemunha e que não seja sonho.
Só que dure até onde os quereres podem alcançar.

Músicas de hoje.

Antes que eu me esqueça - Vanguart
Black - Gilby e Dilana Clarke
Back to the moment - Slash
That's what you get - Paramore
O coração à flor da pele do rock'n' roll e a postura serena e gentil de um bluesman.

Qualquer coisa sobre teu vazio.

Disfarça em máscaras de forte aparência e frágil duração todo o medo que vive nas suas entranhas. Treme só fora do alcance dos olhos gerais e sofre os deslizes que, na luz, finge não ter. Aflinge-se com o desprezo, desrespeito e asco que em ti lançam, mas ri por fora como se a situação fosse inversa.
Anuncia-se pelo medo do óbvio.
Sabe que ninguém lembrará.

Volta pra casa

Tem dias que coisas bizarras simplesmente acontecem.
Hoje, por exemplo.
Na reta "semi final" do caminho para casa, encontrei piveted gritando "Foi ela, aí ó, aí ó!" e o outro "Foi tu véi? Não acredito foi tu!". Risadinhas, e eu de bom humor só levantei a sombrancelha e segui.
Depois pessoas gritam na rua, meninas choram e o Sol quer derreter tudo ao mesmo tempo que cai uma chuvinha de leve.
"Mundo mundo, vasto mundo, se eu me chamasse Raimundo seria uma rima, não uma solução."

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

-Não faças isso.
-Não faço.
-Mas estas a fazer.
-Porque pedistes, não nego pedidos.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Sinto seu cheiro ouvindo sua música.
Já passou.
Huhul.
Achei! [2]
Que por sinal não carregou. Vou pro youtube.
E tem um olho no deezer.
Meu navegador tá bagunçado também.
Ave.
Ha!
Achei.
Eu sei doer, mas eu não controlo a dor que vem, como e quando vem.
Mas já tá tudo bem.
É que não é quase. É todo. Num mundo assim bem grande.
Say woah woah woawoah HONEY!

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Sobre Black. Ou Com licença poética.

Ele jogou Black no meu colo. Ó que foda.
E foi assim. A música explica tudinho tudinho de 17 longos anos de coração meu.
Dilana do Gilby bonitão, canta do jeito que eu gostaria de cantar a música que eu poderia ter escrito, se fosse para eu escrever.
Então, como essa música é parcialmente minha (eu que estou dizendo) eu vou escrever em prosa, porque eu quero e hoje a noite é minha e da minha caneca de café junto com o silêncio das teclas e o escuro.

Se eu te dissesse que eu poderia te amar, eu acho que você iria me achar fraca. Honestamente, eu nunca tive um amigo que fosse meu amante. Quando eu acordo e te sinto tão perto, eu fico feliz, embora me despedace se você me deixar.
É tão escuro, é tão triste ninguém poder entender meu inferno. Tão escuro, tão triste, eu sou uma estranha para mim.
Pessoas podem se ferir e, mesmo machucadas, ainda assim se perdoarem.
A escuridão cai em qaulquer um que a receba.
Quando você estiver em minha cama, ela será minha casa, e será sagrada.
Estarei sozinha até alguém me entender.


No dia em que eu me curei daquela vez eu ouvi Amy.
Ouvi, ams ouvi mesmo. Wake Up Alone. Infinitas vezes. E dancei sozinha na sala.
E fiquei sem roupa. E decidi escrever o blog, na época ainda sem nome.
Dancei a Amy deitei no sofá e chorei sozinha até acabar. Raro eu chorar assim. Mas foi uma tarde toda proposital, criada para a cura.
Choveu a tarde toda, e a casa ficou escura a tarde toda. Aquele escuro gostoso de quando chove.
E eu dancei Wake Up Alone e falei comigo e com quem eu queria que me escutasse, e todo mundo escutou. E ficou resolvido.
Me curei daquela dependência horrível que me cercava por todos os lados e me prendia onde eu não queria, por mero acaso, por deslize meu mesmo.
Mentira. Deslize não. Foi um apego material prazeroso, do qual não consegui sair quando eu quis. Mas eu saí ilesa. E me curei numa tarde de chuva, Amy e moletom.
Mentira. Dormir não. Oxe sai.
Só sei dormir bem resolvida.
Vou alí ouvir Amy.
Boa Noite para mim, que hoje durmo só, porque lembrar dói.
Boa Noite para mim, que tive um dia ruim.
Boa Noite para mim, que espero não ter um sonho ruim e acordar chorando.
Boa Noite para mim, "porque se eu não sei me controlar, se você não sabe se controlar, se vai me odiar e me amar, prefiro ir embora e esperar passar."

Me and You. God only knows it's not what we would choose to do.
É que a música que eu fiz hoje era pra ti.
Mas era segredo.

Me diz se posso apagar todos os meus pecados, todos os meus deslizes, todos os meus erros, se tudo o que eu quero lembrar enfim, aconteceu tão recentemente, e nada mais importa?

Dia Ruim.

Eu não entendo.
Não entendo não.
Já que eu não me culpo mais não vou me culpar.
Mas minha garganta aperta e como tristeza nunca me faz chorar eu não choro.
Tá tudo bem na verdade. Eu o escurinho e as músicas que me fazem companhia a tanto. E eu gosto do escurinho e das músicas. Mas eu gosto mais de.
E já que não pode haver, eu vou me acostumando com o que eu sempre tive e nunca fez minha garganta apertar, que não fosse de saudade, meus olhos se encherem, por falta de tranquilidade.
Ainda bem que eu não acredito em "todo mundo é igual". Ainda bem que eu acredito bem em mim e em quem eu quizer acreditar. Ainda bem que tudo isso é só complemento.
Eu sei doer desde que me lembro. A mais a menos. Tanto faz.

"Não, meu coração não é maior que o mundo.
É muito menor.
Nele não cabem nem as minhas dores."

É que eu ando tão cansada da vida, que tudo é um plus.

O que é que eu vou dizer?

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Eu gosto de dias assim.
Acordo quando quero, faço o almoço, espero a última hoje para por a casa em ordem, ouço música bem alto.
Hoje eu acordei com vontade de sentir saudade. Não é muito raro. Mas o dia de hoje, até agora, tem me feito achar bom ter saudades. Sentir saudades é bom, na verdade, eu gosto. Mas hoje está mais propenso, sei lá.
Não teve escola. Não cheguei nem a sair de casa, e fui dormir mais. Queria ver meu amor, mas hei! hoje é dia de saudades. Eu aguento mais um pouco.
Acordei mais tarde e fui ver One Piece com Dandan, e tive saudades do tempo que eu vivia vivendo animes.
Fui cozinhar e tive saudades do dinheiro e da mocinha que fazia comida, que antigamente a gente tinha. Pela primeira vez meu feijão ficou estupendo, funcionou de verdade, o tanto de sal, cozinhou, coisa rara.
Comi minha própria comida, o que é mais raro do que meu feijão ficar bom.
Ouvi Black e pensei no meu menino, com saudades claro.
E agora ouvindo os Floyds eu tenho saudades do meu pai, do bofe acebolado dele e do jeito que ele comia mangalô.
Saudades demais para um dia de segunda onde tudo-nada aconteceu.
Mas tá tudo tão bom que eu acho que eu vou ficar por aqui mesmo.
Procrastinando, inerte.
Aiai.
Dia com gosto de europa, de filminho campestre onde nada acontece a mãe cozinha e o pai fica na lavoura. Só o Sol exagerado na minha janela que não deixa esse tudo ficar perfeito.

Bom dia mundo.

Bom dia mundo.
Hoje eu vou ouvir os Floyds e ter saudades.

domingo, 5 de outubro de 2008

Eu. Mais.

Pra viver assim, contida, represada, nem por um (suposto) grande prêmio eu conseguiria viver.
Minhas glórias foram alcançadas com suor, flor da pele, trabalho duro, sangue. Pacifista externamente, enquanto todas as minhas engrenagens internas pulavam em conjunto para que eu vivesse do meu jeito.
Eu vivo. Vivo. "Eu sou de verdade". Em todos os defeitos, em todos os delizes.
Não consigo sobreviver de migalhas. Nem de amor, nem de dor também. Nem de falta, nem de exagero. Gosto de excessos porque mesmo o demais sendo sobra, é melhor sobrar do que faltar. Não sobrevivo de migalhas de mim.
8 ou 80.
Mas não da forma mimada, não da forma mesquinha. Não falo do número unitário. Falo da intensidade. Da vontade de reviver 2s flamejantes e não 20 anos mornos. De sensações leve, puras. E mesmo que de dor, que seja dores reais, quase fatais, que quase tiram as esperanças.
Grandes felicidades para sentir-me pronta para a próxima dor. Gandes dores para sentir-me pronta para levantar e ter a próxima felicidade.

Eu sou o oposto de quem simplesmente se acostuma.
Apressado come cru.

sábado, 4 de outubro de 2008

COMPLETAMENTE sem nexo e cheio de confusão. Ou Minha vida anda tão completa e vazia.

Além de tudo, ele tem uma varanda.
E ele vem, me leva pra varanda e fica tocando violão, me olhando com aqueles olhos e deixando eu não falar o tempo que eu precisar, o tempo que eu quiser.
Que foi anjo?
É estranho demais, surgir alguém que preencha tudo. Nada específico, só o tudo.
Que me faça sentir aquele aperto na garganta, aquele frio na barriga, aquele calor no coração.
Que faça todas as músicas de amor ficarem no vácuo, simplesmente não explicando o que realmente significa.
Que faça tudo ter um sentido temporário, ou não.
Que seja não uma válvula de escape, para onde eu corra quando tudo esteja espatifado. Mas amor a mais, felicidade a mais. Que complete, que some e não que simplesmente seja a razão. É razão a mais.



Ei! Os minutos voltaram a me obedecer.

(Fim da parte alíviada.)

COMPLETAMENTE sem nexo e cheio de confusão. Ou Minha vida anda tão completa e vazia.

Hoje eu quero ir prum lugar alto de novo.
Bem alto. Uma varanda alta. Bem alta.
Normalmente quando as coisas embaralham, esculhambam e tudo o mais, eu quero subir. Talvez por estar no baixo demais e precisar de um equilíbrio, talvez porque o ar seja mais rarefeito e eu goste de respirar menos, de ter mais dificuldade.
Certas épocas da vida, como essa, possuem um contraste que deixam os problemas todos COMPLETAMENTE evidentes. E tudo machuca. Porque eu fico sabendo realmente onde dói, porque dói.
É quando as músicas se repetem, o silêncio senta ao lado e fica te olhando, com aquela cara de silêncio, de quem tem todas as respostas mas não pode contar, é segredo, você tem que descobrir tudo sozinho.
Cansa muito.
Eu, que já não ando conseguindo fazer muita coisa, caio pro buraco do coisa alguma. E lá meu amigo, lá as coisas pioram muito. É uma avalanche de dores que não se consegue expressar, e minha vida cheia de gritos e choros (internos) invalida-se completamente, perdendo ainda mais a utilidade, o brilho, a importância, o significado. Meu peito se auto-estraçalha na inércia, no frio, num mundo de sensações inexplicáveis e redundantes.
Não, eu não tenho porquês. Nem quero. Não se explique, não para mim. Quem não entende, não importa.
Eu quero meu lugar alto, escuro, alcóolico e doce.

(Fim da parte desesperada.)

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Dia. Ou Sexta-Feira sonolenta.

Waaa.
Tô com um cansaço meio doido. Não sei de onde veio, durmi 9 horas essa noite/manhã.

Algumas observações: Eu moro num país onde Strike ganha do Vanguart, banda ruim ganha dinheiro no exterior, Nx- zero ganha todos os melhores prêmios.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Drummond.

Eu não lembro quando comecei a amar Drummond. Só sei que amei de vez, fui lá e lí a obra poética toda de vez, respirando poucas vezes, e desde então ele me salva quando eu preciso.
Na verdade é uma relação um pouco narcisista, já que eu responderia (quase; acho) a mesma coisa se uma jovem desnorteada recorresse aos meus versos, e eu fosse o experiente autor.

Algumas respostas eficazes:

Mundo grande

Não, meu coração não é maior que o mundo.
É muito menor.
Nele não cabem nem as minhas dores.
Por isso gosto tanto de me contar.
Por isso me dispo,
por isso me grito,
por isso frequento os jornais, me exponho
cruamente nas livrarias:preciso de todos.

Sim, meu coração é muito pequeno.
Só agora vejo que nele não cabem os homens.
Os homens estão cá fora, estão na rua.
A rua é enorme. Maior, muito maior do que eu esperava.
Mas também a rua não cabe todos os homens.
A rua é menor que o mundo.
O mundo é grande.

Tu sabes como é grande o mundo.
Conheces os navios que levam petróleo e livros,
carne e algodão.
Viste as diferentes cores dos homens,
as diferentes dores dos homens,
sabes como é difícil sofrer tudo isso, amontoar tudo isso
num só peito de homem...sem que ele estale.

Fecha os olhos e esquece.
Escuta a água nos vidros,
tão calma. Não anuncia nada.
Entretanto escorre nas mãos,
tão calma! Vai inundando tudo...

Renascerão as cidades submersas?
Os homens submersos-voltarão?
Meu coração não sabe.
Estúpido, ridículo e frágil é meu coração.
Só agora descubro
como é triste ignorar certas coisas.
(Na solidão de indivíduo
desaprendi a linguagem
com que homens se comunicam).

Outrora escutei os anjos,
as sonatas, os poemas, as confissões patéticas.
Nunca escutei voz de gente.
Em verdade sou muito pobre.

Outrora viajei
países imaginários, fáceis de habitar,
ilhas sem problemas, não obstante
exaustivas e convocando ao suicídio.

Meus amigos foram às ilhas.
Ilhas perdem o homem.
Entretanto alguns se salvaram e
trouxeram a notícia
que o mundo, o grande mundo está
crescendo todos os dias,
entre o fogo e o amor.

Então, meu coração também pode crescer.
Entre o amor e o fogo,
entre a vida e o fogo,
meu coração cresce dez metros e explode.
-ó, vida futura! Nós te criaremos.


Explicação

Meu verso é minha consolação.
Meu verso é minha cachaça. Todo mundo tem sua, cachaça.
Para beber, copo de cristal, canequinha de folha-de-flandres,
folha de taioba, pouco importa: tudo serve.

Para louvar a Deus como para aliviar o peito,
queixar o desprezo da morena, cantar minha vida e trabalhos
é que faço meu verso. E meu verso me agrada.
Meu verso me agrada sempre...
Ele às vezes tem o ar sem-vergonha de quem vai dar uma cambalhota
mas não é para o público, é para mim mesmo essa cambalhota.

Eu bem me entendo.
Não sou alegre. Sou até muito triste.
A culpa é da sombra das bananeiras de meu pais, esta sombra mole, preguiçosa.
Há dias em que ando na rua de olhos baixos
para que ninguém desconfie, ninguém perceba
que passei a noite inteira chorando.
Estou no cinema vendo fita de Hoot Gibson,

de repente ouço a voz de uma viola...
saio desanimado.

Ah, ser filho de fazendeiro!
A beira do São Francisco, do Paraíba ou de qualquer córrego vagabundo,

é sempre a mesma sen-si-bi-li-da-de.
E a gente viajando na pátria sente saudades da pátria.

Aquela casa de nove andares comerciais
é muito interessante.
A casa colonial da fazenda também era...
No elevador penso na roça,
na roça penso no elevador.

Quem me fez assim foi minha gente e minha terra
e eu gosto bem de ter nascido com essa tara.
Para mim, de todas as burrices a maior é suspirar pela Europa.
A Europa é uma cidade muito velha onde só fazem caso de dinheiro
e tem umas atrizes de pernas adjetivas que passam a perna na gente.

O francês, o italiano, o judeu falam uma língua de farrapos.
Aqui ao menos a gente sabe que tudo é uma canalha só,
lê o seu jornal, mete a língua no governo,
queixa-se da vida (a vida está tão cara)
e no fim dá certo.

Se meu verso não deu certo, foi seu ouvido que entortou.
Eu não disse ao senhor que não sou senão poeta?

Quero

Quero que todos os dias do ano
todos os dias da vida
de meia em meia hora
de 5 em 5 minutos
me digas: Eu te amo.

Ouvindo-te dizer: Eu te amo,
creio, no momento, que sou amado.
No momento anterior
e no seguinte,
como sabê-lo?

Quero que me repitas até a exaustão
que me amas que me amas que me amas.
Do contrário evapora-se a amação
pois ao não dizer: Eu te amo,
desmentes
apagas
teu amor por mim.

Exijo de ti o perene comunicado.
Não exijo senão isto,
isto sempre, isto cada vez mais.
Quero ser amado por e em tua palavra
nem sei de outra maneira a não ser esta
de reconhecer o dom amoroso,
a perfeita maneira de saber-se amado:
amor na raiz da palavra
e na sua emissão,
amor
saltando da língua nacional,
amor
feito som
vibração espacial.

No momento em que não me dizes:
Eu te amo,
inexoravelmente sei
que deixaste de amar-me,
que nunca me amastes antes.

Se não me disseres urgente repetido
Eu te amoamoamoamoamo,
verdade fulminante que acabas de desentranhar,
eu me precipito no caos,
essa coleção de objetos de não-amor.



terça-feira, 30 de setembro de 2008

Lua 30.

A lua,
hoje um filete de lua.
Eu,
hoje um filete de mim.

Fim de Mês.

Oh dia ruim.
Esse ano só se supera.
Por outeo lado, Lulu e o Menino Bonito fizeram tudo valer a pena.
A lua também.
Mas o que realmente isso tudo significa?
Nunca pensei que esperar algo que pode não acontecer fosse tão ruim. Eu já esperei gente, esperei obra, esperei tudo. Mas esperar à mim mesma é terrível.
Espero que esteja tudo bem. E que não seja.
Amém.
Moedas jogadas três vezes.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Coisas que passam a fazer sentido.

Na verdade, na verdade mesmo, nada existe.
A gente cria as coisas todas, automaticamente, só quando implantamos um sentido qualquer nelas.
Há uma grande diferença entre uma árvore e aquela árvore.


Por exemplo, um H colado no chão da escola não faria a mínima diferença à quatro mêses atrás.

26 de Setembro de 2008 - manhã. Ou Ensaio sobre a fuga.

Não tem lugar concreto para onde eu deseje loucamente ir. Há lugares concretos para onde eu possa fugir de. Não tem lugar concreto onde eu queira permanecer também. Vivo num vácuo onde fico sobrevoando meio à gravidade zero, sem me prender. A insatisfação me faz voar mais alto, me faz procurar o subjetivo para me apoiar. Encontro e faço do ballet em questão, a minha vida; um voa-voa, balança-balança absoluto, repetitivo. Enfadonho como boiar em águas, quando já se é leve. Viver flutuando pouco me atrai. E só me vêm à cabeça planos de fuga. Procurarei uma felicidade tão pesada que me ponha, não só os pés, mas o corpo inteiro no chão. Então talvez eu possa recuperar os eixos. Recomposição enquanto se flutua é improvável. O rumo se move paralelamente à você, te olha, manda beijo, mas pouco importa. Inércia. Acostuma-se ao ócio e ao tédio tão leve quanto à estadia forçada, associa-se ao desejo de fuga e deixa-se flutuar. Caminhos também podem surgir meio ao balançar das ondas anti-gravitacionais?

Das coisas que eu escrevo de manhã III. Ou Metalinguagem.

Logo cedo, quando comecer a conhecer as palavras, fui afetada profundamente por fomr tão simples-complexa de explicar coisas. Escritas, ainda mais belas, (pedem a expressão piegas) dançam no contexto.
Aproveitei o máximo que pude dos autores que a mim chegavam e descobri que não adiantava, palavras alheias muitas vezes faltavam sentindo quando se tratava de explicações sobre mim.
Sem muita demora, me dei de presente a missão de traçar minhas próprias linhas.
Desde então vivo no esforço de criar explicações que a mim satisfaçam, e que secretamente me expliquem.


Sentido Oculto.

Das coisas que eu escrevo de manhã II

O real problema da minha vida é não saber gerir completamente esse signo espaçoco que me governa. Quente, felino, rei. Um chato de galocha que quer ser dono do mundo.

Das coisas que eu escrevo de manhã I

Quase morri sem computador.

O mais curioso é a minha imaginação conseguir delinear os detalhes minúsculos quando eu nem estou desejando uma foto completa.
O que já era belo tem se tornado ainda mais belo, mais sóbrio, mais meu.
Eu adoraria começar uma história profunda, longa, filosófica sobre qualquer coisa, mas eu não consigo permanecer muito tempo numa idéia.
Mal mando no meu mundo, e queria que o mundo fosse meu. Com isso, transição repentina, outras regras e babaquices em geral seriam banidas. A vida seria chata.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Dia.

Bom dia mundo. Minha gargata dói e eu só tenho o seguinte à dizer:



E se for pra ser assim, eu quero você pra sempre aqui pertinho cantando as músicas que a gente ama naquela sua voz grave, enquanto eu fico dançando doida feito a macaca-pata que eu sou, e você me olha e ri e eu te olho e levanto a sombrancelha com minha cara de também macaca-pata.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

So.

I'm a train wreck in the morning
I'm a bitch in the afternoon
Every now and whitout warning
I can be really mean towards you

I'm a puzzle yes in deed
Ever complex in everyway
And all the pieces aren´t even in the box
And yet, you see the picture clear as day.

I don't know why you love me
And that's why I love you
Catch me when I fall
Accept my flaws and all
And that's why I love you

I neglect you when I'm working
When I need attention I tend to nag
I'm a host of imperfection
And you see past all that

I'm a peasant by some standards
But in your eyes I'm a queen
You see potential in all my flaws
And that's exactly what I mean.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Eu estou no meio da rua, você está no meio de tudo.
O meu corpo não quer descansar, minha mente gira como um ventilador.

Descobri!

O amor, quem decide é o ascendente.
Escorpianos, uni-vos.
Mas na verdade, a vontade é de rasgar tudo, estraçalhar o peito e pedir para que tudo isso passe logo, assente, tranquilize, e tire de mim toda a dor.


Miséria pouca também é refresco.
Meu medo era não conseguir mais.
Faço nosso o meu segredo mais sincero, e desafio o instinto dissonante.
Não há guarda-chuva contra o amor.

Deus.

Não entendo as regras de quem me governa, mas obedeço, aceito.
Se for para pagar todo o mal que proporcionei, mesmo que em doses homeopáticas, pagarei sem baixar a cabeça.
Meu nariz quebrado ainda me serve.
E agora já é tarde. Vivi demais, desenvolvi um caráter duro, que se impõe (mesmo destruído por dentro), cheio de bons argumentos e um estômago que segura toda sensação que possa destruir meu orgulho. Tombos, tombos, falam a tanto tempo que te servem para crescer. Por isso peço ao mundo que me deixe crescer como estiver planejado. Sem pressa. Com erros. Porque eu só sei ser. Eu.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Você só pensa em grana.

Por um acaso lembrei dessa música, da primeira vez que a ouvi e como eu me senti em relação à ela nessa ocasião.
Então fui reler e percebi que nada condiz, pelo menos, com meu consciente.

Você só pensa em grana

Zeca Baleiro

Você só pensa em grana
Meu amor
Você só quer saber
Quanto custou a minha roupa
Custou a minha roupa

Você só quer saber
Quando que eu vou
Trocar meu carro novo
Por um novo carro novo
Um novo carro novo
Meu amor

Você rasga os poemas
Que eu te dou
Mas nunca vi você
Rasgar dinheiro
Você vai me jurar
Eterno amor
Se eu comprar um dia
O mundo inteiro

Quando eu nasci
Um anjo só baixou
Falou que eu seria
Um executivo
E desde então eu vivo
Com meu banjo
Executando os rocks
Do meu livro
Pisando em falso
Com meus panos quentes
Enquanto você rir
No seu conforto
Enquanto você
Me fala entre dentes
Poeta bom, meu bem!
Poeta morto!...

Agora porque eu gosto tanto dela, eu não sei dizer.
Talvez um dia, quando eu fizer terapia.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

3

Gritavam nos meus ouvidos.
E eu gritava de volta.
-Eu sei, eu sei. Eu sempre soube. Mas detesto teses sem prova.

2

Acordou com um trovejo, levantou, bebeu água, fez cara de desconfiança, abriu a porta e viu cosmos e estrelas girando num fundo lilás.
Em que dimensão devia estar agora?

1

Seria bom se eu comandasse o tempo como o relógio tenta me convencer na mudança dos minutos.

LUTO

Rick morreu.
Também.
Os meus preferidos morrem antes.
Primeiro Syd em 2006.
Agora Rick.
Que ele siga em paz para o "céu da cirrose". Porque a Clarah Averbuck disse que todo bom roqueiro vai pra lá.

Amém.

Vivendo com ser humano - Parte I

Seres humanos tem problema de caráter. Seres humanos tem problema com o outro. Porque o outro também é ser humano. Logo.
Mas eu sempre apaziguei, comprendi, fiz o diabo a quatro.
Minha mãe dizia: "Menina, não procure confusão." Não procurei. Mas pfff ela sempre me procura. Não importa como.
E me acha. Puta GPS bom dessa moça chamada Confusão.
Eu vou passando distraída e opaaaa confusão.
E confusão só vem junto com um bando de ser humano. Uma porção deles. Aos montes. E seres humanos tem problema de caráter, seres humanos tem problema com o outro, porque o outro também é ser humano, logo.
Felicidade. Mandaram dizer que ela existia. Mas sempre que a gente para é porque encontrou um problema, e não a felicidade. Ah. A felicidade é só o caminho, logo a gente passa por cima até que o fim desse tipo de mundo acaba....num problema. Não. Numa confusão. Que não deixa de ser problema, mas confusão é mais sonoro.
Dias daqueles em que você não quer acordar, nem ao menos se centrar, ou resolver problemas. Ou etc. Etc,
Ser humano tem problema com o que o outro tem. Porque ser humano é muito invejoso. Ele não quer ter. Ele quer tirar. Porque tem problemas de caráter. Características fortes, firmadas por trocadilhos desesperados. E poéticos.
Ser humano tem que pisar. Ele gosta de ser pisado, mas tem que ser de leve, para que ninguém perceba, porque Ser humano é orgulhoso, masoquista. Contraditório. Ele pede desesperadamente: me pisa até o limite, até quando os outros vejam, me pisa em silêncio para que os outros não vejam, mas me pisa, porque a felicidade é efêmera demais para mim e assim eu também não quero. Mas pisar faz barulho e os outros seres humanos, cheios de problemas de caráter e problemas com os outros seres humanos com problemas de carráter ouvem e correm ao encontro para adquirirem mais problemas e mais outros milhões de problemas de caráter,e veêm e riem, então ser humano fica machucado, e como não sabe se defender porque gosta de ser triste para ter o que alegar, grita, machuca, mente. Para adquirir mais problemas de caráter e ter o que alegar para não gostar de seres humanos.
Eu sempre fui de encontro à esse ciclo. Eu fui de verdade, eu falei baixo e curei feridas por não ser humano. Ou por estar tão ocupada na minha eterna ocupação de ser borboleta para voar e cascar fora desse mundo, que esqueci de ser assim tão humana.
Mas seres humanos tem problemas de caráter e já que tinham problemas com seres humanos bem humanos, imagine com ser humano metido a borboleta?
Me pegam pelas asas e tentam estragar toda a minha fuga anti-humana, para que como todo ser humano eu não preste atenção sequer no meu caminho-efêmero-feliz.
Mas como eu falei baixo, curei feridas e falei verdades minha vida toda, para os outros, fazer tudo isso para mim será ainda mais fácil.
Me desculpa raça desolada, mas "eu bem me conheço, não sou alegre, sou até muito triste, a culpa é da sombra das bananeiras do meu país, essa sombra mole, preguiçosa" mas ainda sim eu sei voar, e abdicar do direito de ser feliz por causa de seres humanos cheios de problemas de caráter, ah isso eu não vou não.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Agora já não falta nada.
Todas as músicas de amor se misturam, mas ainda assim nada explica.

Assentamento ou Construindo Perfeição , 10 de Setembro de 2008 - Manhã.

Perfeição é construída com o tempo. Aprende-se detalhes, nuances, métodos e se constrói do jeito que realmente se quer.
Abdico de direitos legítimos para construir lentamente algo que pretendo tornar atemporal.
Se não houvesse o conceito de dor, o conceito do verbo "passar" seria desnecessário. Sem vazio não há a diferença entre o preenchido ou não.
Certa noite eu me tranquilizei por ter achado essa nova espécie de constância. Não quero mais uma vida efêmera de idas e vindas. Mas também não quero pouco. Quero uma explosão constante, qua continue acontecendo até que eu resolver que chegou. Até lá pode continuar explodindo.


Que tal se parassemos de nos preocupar com a perfeição e fazer só amor?

;*

Sem Título, 9 de Setembro de 2008 - Manhã

Por que?
Abstinência aliada à quereres desesperados e dúvidas massacradoras poem a baixo todas as pilatras de qualquer um-eu. Não sei abdicar de mim, afinal no fundo no fundo eu sempre terei só a mim, não posso me perder de mim.
Nem sei se é, se não, se foi, só sei que os olhos doem e eu não sei o que fazer com essas dores poéticas. O jeito é deixar passar.



É que quando dói atrás da cabeça, ah, aí piora, é aquela vontade de ir embora, mesmo, seco, dando satisfações a quase ninguém.
É mais ou menos um complexo, uma compulsão. Eu Sempre Quis Ir Embora.
Pro Ceará, de brinco na orelha e montada num cavalo, Alazão.

Sem Título, 8 de setembro de 2008 - Manhã

Não lembro exatamente se sempre tive esse receio ou se ele veio em algum pedaço do caminho e grudou em mim como sombra, velcro ou sei lá o que.
Logo eu que sempre defendi o impulso.
Intensa, intensa. Mas fiquei ainda mais urgente. E se me desobedeço, ah, a agonia cobre e o céu da boca dói.
Qual a diferença exata entre viver até o limite e viver no limite?

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Ciclo.

Mais um ataque da minha amiga chacrete-pombagira, me faz pintar as unhas de rosa pink de novo.
E, por um acaso, eu lembro que pintei as unhas pela última vez, naquele dia.
Quase 1 mês.







Amiga Lua, tem mais gente dividida em quatro fases por aqui.

Como é que se diz eu te amo.

É. Ah. Eu ganhei o disco 1.
E eu tô morrendo de felicidade porque além de ter sido presente Dele, tem Minha música (nossa?) Teatro dos Vampiros.


Ó céus. Ó vida. Eu estou melosa. E eu estou gostando.

Caham.

Será que eu sei que você é mesmo tudo aquilo que me faltava?

sábado, 6 de setembro de 2008

Não se comete erros de propósito.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Da Literatura.

Era uma vez um homem em contradição. Sofria por não conseguir achar um equilíbrio: A quem devo amar? A mim ou a Deus? Deus existe? Por que isso tudo é pecado? Eu sobrevivo do pecado.
As dúvidas deixavam-no taciturno, sombrio. Se enganava quem achava que ele se enfatizava na luz. Na luz, o paradoxo o atacava e ele se escondia, em antítese, na claridade.
Após esforços sem resultado, resolveu então mudar de foco.
Descansar.
E fugiu para o tal Locus Amenos. Trocou a beleza dramática pela perfeição simples. Um pastor, e sua pastora-musa, desenrolam-se pelo campo, novelos vivos decoram a paisagem.
Tanta tranquilidade fez o coração do ex-confuso homem-pastor bater mais forte, fez todo o seu ser esperar por alguém.
Mas ele não tinha sorte.
Tal qual Deus num passado próximo, sua amada estava distante demais. Como poderia amá-la assim tão sujo, enquanto ela era tão pura e bela? Criou então o seu método de amar: cantava alto, chorava sozinho, saciava sua sede carnal nas outras. Mas o amor estava todo naquela que não podia tocar. Não podendo tocar o ser, tocou música: lira, harpa e alaúde enfileiravam-se diante da dor do homem e explicavam-na em lágrimas, exagero e saudade.
Um dia, de tanto amar, cansou-se.
Caiu em desilusão e passou a apoiar-se no real. De que me adianta um mundo belo, porém distante e sofrego?
Passou a ser clínico, duro e lento.A natureza de outrora não passava de mecânica, a antiga amada passou a ter defeitos morais. Agora criticava o mundo plástico e sem brilho que criou em si depois de tanto sofer.
Com o tempo, a maturidade fez assentar todos os traumas de amor e dúvida. Ainda há algo de belo, ainda há calor meio às frias calamidades. Usemos a arte como purificação, oras!
E assim aconteceu.
Estético. Extravasado. Sugeriu, aos poucos, mudanças e exagero, até o apogeu.
Começou a ver a beleza do abstrato. E entendeu o seu problema: toda a arte, todo amor e toda dúvida, enlouqueceram-no por ser assim, tudo tão concreto. Perdeu tanto tempo até descobrir que o ser humano só seria humano na subjetividade, que agora extravasava todo o tempo perdido. Cores, borrões, deformidade. Risos insanos que explicavam toda a sua existência. Veja o futuro! Simplifique mas não explicite. Que seja controverso, anti-estrutural, reinvidique, mantenha-se pacífico.
Curiosa foi a conclusão (a qual nunca passaria por sua cabeça no início da história) de que a tranquilidade humana só seria encontrada no costume com a confusão.





Minha primeira ficção saudável, inteligente e bonita em anos.
Nasceu numa aula de literatura, e conta a história da literatura personificada num homem que não tem nome. (Porque a arte não tem nome).
Não.
Eu ainda não fui dormir. E vou acordar daqui a 2h e 30 min.
E eu gosto tanto disso.


Minha felicidade é muito pouco II.

Eu vou me embora.

E vou construir um lar com um sofá jeans de almofadas vermelhas, edredon branco de bolinhas vermelhas, uma vitrola e meus discos raros, antigos e legais. Estante de madeira e um banheiro roxinho.


Minha felicidade é tão pouco.

"Tesão, seu nome é Leão"

LEÃO: Tesão, seu nome é Leão! O leonino costuma ser intenso em tudo
o que faz. Para ele, nada é morno, não existe meio-termo. No sexo,
então extrapola, vai fundo e se atira de cabeça, sem hesitar. É só
piscar aquela luzinha da atração que o leonino perde o rumo e não pensa em outra coisa enquanto não saciar seus desejos. Mas faz tudo com muito charme, cheio de galanteios e gentilezas. Regido pelo Sol, é quente, vigoroso e quase insaciável. Generoso e altruísta, não descansa até que o(a) parceiro(a) atimja o êxtase total. Orgulha-se de ser bom amante e desdobra-se para manter a fama. A qualidade de seu desempenho acaba sendo o melhor termômetro da intensidade da paixão. ATRAÇÃO FATAL: por Aquário. Completa e imediata, que só o tempo pode diminuir.
CONTATOS QUENTES: com Áries, Sagitário e Libra, deixando na memória histórias inesquecíveis. Escorpião também atrai, mas saem faíscas imediatas que podem acabar em curto-circuito. PASSE LONGE: de Touro e Capricórnio, que não aguentam tanta energia. Com Virgem, então, é melhor nem tentar.


KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK.
OK. Ok.
Segredo da madrugada: Eu a-do-ro essas coisas de horóscopo.
Mas isso aí...Quem iria imaginar que tudo ia bater tão perfeitinho.
Gasta-se mais tempo com excessões do que com regras.




Eu sou uma leonina insegura, desesperada e tranbosrdando pensamentos.

Letras e Números.

Dos dois lados os dois interesses maiores se confudem, embora se encontrem no mesmo meio.


Eu gosto é de rascunhos e rabiscos. Não importa a estirpe.

Por fim.

Eu não me vicio em coisas.
Só em sensações.
E todo mundo fica ranqueando todo mundo, enquanto eu ouço as tais músicas com os pés frios no chão frio.

Metáfora sinestésica e repetitiva de uma figa.
Gritam, sussurram, conversam essas tristes músicas todas, e eu assinto com a cabeça, como se já não precisasse ouvir mais nada. Não preciso dizer, nem ao menos sentir mais nada.

Só a música salva.
Amém.


P.S: Deve ser o trigésimo abraço seu.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Se eu fico assim te dengando, é porque te quero bem demais.
E se as vezes eu fico chata é só por um tempinho, pra me recarregar no meu silêncio profundo de que preciso tanto.
Logo eu, assim tão auto-suficiente, que me auto-castigo, que me auto-desejo, que me auto-satisfaço, precisando tanto desse abraço para viver mais algumas horas extras?
Repetitiva.
Cansada.
Doce.
Intensa.
Urgente.
Insaciável.

Procura-se II.

Inspiração organizada

Papilionoidea Lycaenidae.

O exoesqueleto das borboletas e demais artrópodes é feito de açúcar.
Quitina para ser exata.

Agora eu entendo os 17 anos de balas, chicletes, chocolates e açucares em geral.
Um reflexo interno do desejo de criar asas.
Meu subconsciente sabia que asas eram de açúcar. Mas eu ingeri 17 anos do açúcar errado.
O novo problema é que eu detesto fungo, e esse açúcar só tem lá.


Mas eu continuo confundindo luzes com a Lua. Já é um bom começo.





Tempo.

Tudo o que é recíproco é bom.

Se espera o 'tempo' todo, que chegue o 'tempo' em que seremos mais ricos, fortes, inteligentes, felizes. Espera o tempo do morango, o tempo das chuvas, espera o tempo necessário para que retornem, apareçam. Mas o Tempo, Tempo mesmo, não espera ninguém. Às vezes até se adianta em segundos quando se olha para o relógio, para que a gente fique assim, meio assustado, meio orgulhoso de tão estranha (e repetitiva) coincidência. Mas só.
Resolvi não esperar mais nada. Fazer tudo.

Tempo sem espera.
Espaço sem atraso.

Rimas despretenciosas.

Procura-se.

Concentração em lata.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Chuva nostra II.

A gente continua fazendo chuva.
Deixa estar assim, tudo completamente bem.






Preparem as arcas.
Eu encontrei, quando não quis mais procurar o meu amor.

Combustível. Ou Pedaço. Ou Por Enquanto.

Mal fechei os olhos e você já havia se tornado necessário como qualquer ítem de cesta básica.
O mundo agora parecia tão completo que o sentido das coisas ficaram na frente da confusão das coisas e tudo ficou alí, se esclarecendo na minha frente, tranquilizando toda a minha incerteza.
Eu sentei, como sempre sento, e fiquei observando a nós, como num plano à parte e descobri porque quem via não acreditava.
Em nós dois desenrolavam o conforto e a tranquilidade lado a lado, enquanto o mundo se explodia em desespero e caos.
Nós não.
Além do pôr-do-sol, além dos risos e do arco-íris (se houvesse) éramos só eu e você, em qualquer lugar, sem nos preocupar.
O nada ficou solitário.
Tudo foi se rearrumando, meio timidamente, meio como quem não quer nada, e por fim, estabeleci horários para executar aquelas tarefas simples, das quais viemos conversando por todos os caminhos.
Horários estabelecidos, agora só resta cumpri-los. Talvez com mais alguns suspiros e sussurros.
Acho que minha polaridade inverteu e eu não ví a hora.
Mudei de voltagem.
Minha vida agora, tem exigido outro tipo de combustível para andar, e eu que tinha medo de me perder no novo, acabei me achando, no meu pedaço mais bonito, que dorme longe de mim.

sábado, 30 de agosto de 2008

É quando meu estômago avisa onde é que eu estou.

Constância interrompida.

Taxistas

Em carros vermelhos e chupando laranja.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Us. And Them.

Que minha urgência nunca intercepte meus verdadeiros objetivos.

Turiscacos

Quem disse que extrangeiro é bem recebido no Brasil?
Engana-se.

Na verdade, quem por aqui passeia, recebe o seu troco sútil.
Um sambinha aqui, uma embriaguez dalí, e fazemos todos de macaquinhos para nossa própria diversão.




"Êta vida besta meu Deus."

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Sobre.

Escrevo crônicas covardes desde que me entendo por gente.
Contos são imaginários e a imaginação, ilimitada, põe medo.
Poesia, sentimentalóide como só os bons conseguem fazem sem transformar tudo num doce abundante; as minhas viram mais crônicas. Poéticas.
E tudo se desenvolve assim, no receio, na beira do abismo, como milhares de vezes recordo que assim não era.


Despretenciosamente,
um récem formado receio ambulante.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Aviso prévio

Sentimentos fazem doer sim.
Talvez a pior das dores.




Foda é ter que viver num mundo onde ninguém leva nada disso a sério.





Tudo-o passa, tudo passará-a-a.

Neko-sama

-São 8 em 1?
-São, né massa?
-Demais! Mas porque tu deu essa louca de querer jogar The Sims assim do nada?
-Ah sei lá! Eu tava com vontade de controlar a vida das pessoas e fazer tudo dar certo.



:)

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

É que as vezes eu tenho preguiça de fazer ' a social'.

domingo, 24 de agosto de 2008

Criptogramas silenciosos.

Ele

Sem exigir licença, mas conquistando toda ela;
Sem exigir segredos, mas conquistando toda discrição;
Sem exigir pudor, mas conquistando toda doçura;
Sem exigir o menor pedaço meu, mas me conquistando toda.



Já é tão ruim te deixar ir.





Oh Baby, I hate to go.

sábado, 23 de agosto de 2008

É tão cedo pra dizer, mas eu já sinto tanta coisa.

Lady Lady Huhuuuuuuuuul

Estréia ontem.
Ah. Todos os friozinhos na barriga. Todas as dores na perna. Tudo Tudo Tudo. Tudo valeu a pena. Os meninos ficaram pirados porque erraram cositas, mas eu amei demais. Palco é assim, só quem está lá que sabe.
E puuuutz. Eu adorei. E estou ficando repetitiva.
Tava tão perdida, embevecida lá em cima que esqueci de mandar beijo pra Beto meu amigo lindão e muito legal que estava lá.
Talvez ele nunca perdoe.
Ou não.
Eu apenas queria que vocês soubessem que aquela alegria ainda está comigo.









P.S: Quando eu não reclamo, eu não sou poética.
Preciso aprender a escrever coisinhas de amor.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Confissão.

Eu tô aérea como só uma paixão fresquinha com cheiro de chuva pode nos deixar.
Eu não sei escrever sem reclamar.
Que chato.
O Brasil é lindo.
Por aqui as aulas e o comércio param só para ver um jogo de futebol.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Aconteceu.

Eu estava lá, você também estava.
E tudo aconteceu facilmente sem que movêssemos uma palha.
E tem sido bom como só a gente sabe.
E eu aprendi a parar de tentar estragar tudo por motivos meus, dos outros, por vício. Eu parei.
Tá tudo bem.
Eu repito que tá tudo bem.
Mainha mandou eu me permitir ser feliz e, sabe, mãe não se desobedece.

Que nossos estômagos continuem em sintonia.
Que nossos pensamentos continuem em sintonia.
Que as dores nas pernas continuem em sintonia.
Que os ossos que estalam continuem em sintonia.
E que tudo fique bem.


Amém.

(Menino bonito. =])
Aiai.

Eu tenho que parar de me importar.
Eu tenho que parar de me importar.

Valeuaêirmão.

sábado, 16 de agosto de 2008

Saldo do dia:
-Sono;
-Lazanha;
-Casa limpa;
-Cds de Solaris;
-Conversa;
-Chuva;
-Nudez.



(Eu)

Chuva

Confundimo-nos na regência.
Nunca sabemos se meus atos fazem-na cair ou o fato de ela cair me "faz fazer" coisas. Portanto resolvemos conviver juntas nesse silêncio de 'shhhh' e 'chuif' que é só nosso.
Me apresentara-na.
Ficou um tempo enorme sem chover, e quando choveu me mostraram com detalhes todos os pedacinhos dela. Eu um bebê, ela um fenômeno, mas mesmo assim entendemos tudo desde então.
Daí criou-se um elo. Ela cai, todo mundo esbraveja por não poder sair de casa, lavar coisas, curar-se do resfriado contraído numa noite de tédio e bebidas. Eu não. Eu faço esse silêncio, e ficamos nos comunicando o dia todo. Só eu e ela. Porque ela entende. E eu também entendo-na.



Para meu fenomenal termômetro secreto.
Esse era o sábado parecido com um domingo que eu não sei se precisava.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Eu sempre corro.
Meio Forrest Gump.
As coisas todas de que eu não quero lembrar são levadas pelo vento e eu fico assim.






Leve.














Não importa. Eu sempre sobrevivo.

Acontece comigo.

Winner!!!


Parei de estragar tudo.
Viu?
Viu?
Eu consegui!
Sai rindo, corri pelo calçadão, mas não estraguei tudo!
Ow Yeah. Eu sou má.
Mentira,


Sou não.

Sou besta que sou danada.



E ah sim! Eu tô com a sensação bocejo um milhão de vezes diminuída.

Winner! Again!!!
Huhuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuul.


É mais ou menos assim:

Caham. Os olhos doem, a sensação bocejo rosna, as unhas quebram,
o coração aperta, o estômago dói.
Mas eu sobrevivo sorridente.




Só tô com medo de deixar de ser eu.
Ou estúpido.
Ou desconsertado.
Ou inútil.
Ou alegre.
Ou confortável.
Ou pequeno.
Ou triste.
Ou nulo.
Ou desnecessário.
Ou falante,
o silêncio.







Silêncio
não se lê.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Hoje, me detenho a dizer que não detesto surpresas tanto como eu pensava.
Valeuaêirmão.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

1x0 pra nós dois.
E agora eu fico chorando e enxugando tudo com as minhas novas unhas enormes.
Ai mãe. Eu não sei mais. Eu só sei ir até a beira do abismo.

Eu só sei fazer as coisas darem errado.

É um meio medo secreto de ser feliz demais, e consequentemente me foder demais em seguida. Isso acontece demais demais.

E eu choro de novo.
Agora com glamour nas mãos.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Ah!

E para de ouvir Desert Rose.
E de se importar tanto com cadelas.
E de esperar que seu olhos doam tanto, ao ponto de nunca mais abrir.
E de medir as unhas.
Espalhar o falso sono e a fome desnecessária.
De querer ver o amanhã chegar de longe.
De esperar por sí.
E de procurar uma solução para tudo nessa tua cabeça doida.
E de sentir dor.


Só não para de ser você.

(Embora isso tudo seja bem você.)

Grata,
A direção.

Frio de Baiano - 12/08/2008

Hoje, aqui, faz frio de baiano com chuvinha de leve, noite escura, sem estrelas.
Só a lua brigando com aquelas nuvens lindas. É uma briga linda. Como Bela disse um dia: "O movimento das ondas do mar é uma violência linda". Uma das violências lindas Bela.
Hoje, esta noite, as nuvens tão lá brigando com a minha lua crescente. E é uma violência linda.
Hoje eu estou meio ao meu frio de baiano. Pressentindo algo bom.
Desta vez não houve quase.
E não foi necessário que o telefone tocasse.





LouLou.
Vida não se sabe.





E pare de errar as datas.
P.S: Porque meus dentes são sensíveis.

=*
Acontece que eu gosto de água natural.

:)

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Quase

O quase é um estado de espírito despretencioso, mas que move montanhas. Um todo é precedido de centenas de bilhões de quases compulsivos que não se contentam com contenção de adrenalina.
Adiantando-se milésimamente, em pensamento, pode-se prever bilhões de quases que jamais aconteceriam, mas que constrói todas as idéias dos todos. Quase beijos, quase mortes, quase risos, quase enganos. Os quases andam despretenciosamente de mãos dadas com os enganos.
Dando o impulso que falta para os milhares de "desculpe, foi impressão minha" diários. Não há a menor verdade sem inúmeros quases enganosos.
Telefones que tocam na madrugada em engano. Mensagens que chegam por engano.
Tudo quase acontece.
A adrenalina do quase é ainda superior ao fato, principalmente para coisas negativas.
Eu quase caí na lama. Mas resolvi sentar e ficar olhando.
Uffa.
















I want you to beee left behind this empty walls.

Descendo por ruas estreitas e becos escuros ela caminha calmamente sem a menor pretensão de ser bela.
Quem procura sempre acha. O que se procura sempre está no último lugar onde se vai.
Eu ando achando as coisas que eu procurava.
Eu ando me livrando das coisas com que eu me enganei.
Sem a menor pretensão de achar a perfeição, eu a acho nos lugares mais inesperados.
Sendo dona de mim.
Sem a menor pretensão.
Não nasci para me contentar com felicidade pouca.
Compulsão atual: pintar as unhas de cores fortes.
Atividade atual: aprender a pintar as unhas com perfeição.
Sonho atual: Ter unhas lindas.
No meu mundo todo mundo vai ouvir Ball And Chain.

domingo, 10 de agosto de 2008

Domigno vazio.

Oi. Eu tô naquelas, e pqp, eu tô feliz.
Oi. Contradições são fontes de inspiração.
Oi. Deixa eu entender todo o mundo?
Oi. Deixa eu amar todo o mundo?
Oi. Me tirem dessa casa detestável e me levem para qualquer lugar alto, frio, doce e alcoólico.


Oh please! Don't drop me home.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Mããããe! Me dá um beijo que eu sou do rock'n'roll!




Ow Yeah.

JoeyHelLou

Whisky.
Cola.
Espuma.
Blues.
Cascadura.
Ventilador.

Com esses caras faz bem mais sentido.

:D

Agora nós temos metade de um estúdio verde e mais histórias pra contar.
A beleza não faz o encantamento.
A magia faz.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Amando a China.

Meus caros complanetários,
Deixem a China sediar as olimpíadas em paz. Parem com esse falso moralismo de conveniência. Joguem o jogo do contente. Imaginem o mundo todo parado em êxtase, acompanhando o movimento dos belos dragões, luzes vermelhas e marchas coloridasque nos aguardam amanhã.
Esqueçam por um tempo que o mundo tem problemas.
Deixem a beleza sobressair.

Grata.
Lou Oh please, don't drop me home. diz:
entendi
Lou Oh please, don't drop me home. diz:
lalala
Lou Oh please, don't drop me home. diz:
lalala
Lou Oh please, don't drop me home. diz:
tchururu
Lou Oh please, don't drop me home. diz:
me dá um real?
Davi diz:
então..
Davi diz:
uehuehueheuueeuheeu
Davi diz:
toma
Davi diz:
R$ 1,00
Lou Oh please, don't drop me home. diz:
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Lou Oh please, don't drop me home. diz:
fodaaaaaaaaaaa
Davi diz:
http://www.geocities.com/Athens/Cyprus/8943/Brasil/1real.jpg
Lou Oh please, don't drop me home. diz:
uai senhor
Lou Oh please, don't drop me home. diz:
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Lou Oh please, don't drop me home. diz:
foda³²¹³²³
Ooooooooooh, YEAH \m/
Meu café é o melhor.
Na caneca amarela e cheia então...
De pernas de fora e acima dos seios, os olhos ainda passeiam sedutores por aí.
Duas voltas não foram o suficiente.
A noite ficou lá, implorando para que eu voltasse, mas eu não obedeci. Por meu mero senso de RESPONSABILIDADE, esse mal congênito que me comanda mais que o meu próprio cérebro. Os olhos doem, o que significa que eu não estou entendendo o meu estado. Olhos doendo! Em plena quinta-feira, fria, de céu nublado e lua crescente? Nada mais apropriado.


Ha.

Eu não sei. Os sentidos todos entram em pane, se confundem, apelam por qualquer resolução, mas eu não QUERO resolver.
Eu gosto.
Eu gosto.
-Para com isso véi! Tu quer morrer, porra!?
-Quero.
-Ah...

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Apelo.

Venham;
Me ponham limites, sem delimitar o que eu sou. Arranquem meus medos sem me empurrar de abismos. Gritem silenciosamente. Sorriam com os olhos e encham minha vida de clichês impossíveis. Construam lembranças sinestésicas que farão meu estômago revirar, meus olhos arderem, minhas costas doerem e o céu da minha boca ficar apertado.
Mas que venham. Com toda a malícia e sem o menor receio.
Não à contenção de danos.
Não aos medos estúpidos.



Mentiras, medos, desculpas esfarrapadas, atrasos e explicações têem um ponto em comum aqui: eu só gosto quando saem de mim.



É que eu ando sem vontade de costruir coisas para mim.
É que eu ando sem a mínima vontade de esperar.
P.S: Tem dias que o dia é todo foda.


Todo amor que houver nessa vida, e algum remédio que me dê alegria.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Antes que o dia termine.

Saldo de hoje: 2 Déjà Vus.
Com esse post 3.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Lourdes Modesto, Hoje, 8:00 am.

Felicidade solitária vira tristeza.
Tristeza solitária passa.
A solidão é só um momento de transição. Involutária e independentemente, vi os sentimentos escorrendo para aquele canto do mundo onde as coisas se perdem.
Eu preciso distinguir e nomear os sentimentos que eu invento e que só existem por aqui.
Parar de me preocupar com isto e voltar a sentir.
Devo para de sentir saudades dos tempos loucos e inconsequentes.
Transição, transição, transição é uma doença. E não existe atestado, analgésico ou anestésia para isso.
Eu odeio transições.
Eu sou transitiva.
Eu não me acostumei nem comigo, nem com as minhas transições.
I need a drink but the well has run dry.
Dor nos olhos de insatisfação. Com tudo não. Com a falta que me acostumar com tudo me faz. Uma maré que aumenta saudora e um dia diminuirá.
Só a música salva.
Só o café salva.
Só eu me salvo do meu jeito.
Dor poética. Dor. Dor. Dor. Dor.
Eu preciso muito. É só isso. Abstinência. Se usa muito, gasta-se. Quando se para de usar, sente-se falta.

domingo, 3 de agosto de 2008

O Eucalipto. Ou se o Apocalipse se chamasse Eucalipto.

As três bestas descendo em carneirinhos, conscecutivamente, Camomila, Hortelã e Capim Santo.
O mundo em clima temperado, evaporou rapidamente as águas e fez chover em toda a sua circunferência, curando todas as viroses.
Atmosfera, Mar, Flora e Fauna cheirando à casa de avó.
Woodstock mundial, paz, amor incondicional, flores em armas, sexo livre e rock'n'roll.

O mundo sempre deveria acabar em chá.


(Idéia que eclodiu após minha mãe trocar palavras)

Cascadura

Tá. Eles investigaram minha vida e escreveram isso para mim.


Onde aprendeu a andar

Cascadura

Composição: Fábio Magalhães

Muito tempo longe de casa, ela já não tem mais a ilusão
Sobre qualquer lugar
Vai voltando pela mesma estrada em que um dia seu coração
Palpitou ao passar

Logo depois que a curva se abriu lembrou que tentou fugir
Daquela garota tão cheia de solidão que era há anos atrás
Acordou quando alguém lhe sorriu, a convidando a sair
A mesma garota pisando naquele chão onde aprendeu a andar

Cada coisa evoca uma história, até porque quase nada mudou
E é difícil esquecer
Lojas, ruas, becos e bares, alegrias, decepção
Tudo que a viu crescer

Quase tudo que a viu partir ainda estava ali
O primeiro Amor, a primeira contradição e o medo de chorar
Ninguém acenou ou lhe sorriu, seu ventre havia crescido
Aquela garota pisando naquele chão onde aprendeu a andar

Está parada na porta de casa, em seu peito, uma interrogação
Só entrando pra saber.




Ai Meu Deus.

Tô apaixonada.

Ontem. Ou sobre minha atual vida perfeita. Ou um post para os meninos da Lady.

"Exagerada" como sou, nunca quis ter uma vida certinha e equilibrada, cheia de regras e horários, mas sempre tive. Até pouco menos que um mês atrás.
Eu fiz o teste pra entrar na Lady, entrei na Lady e wow! Tudo começou a acontecer.
Essas coisinhas de rockstar são quimerazinhas juvenis, que se cessam ao longo que crescemos.
"Exagerada", porém realista como sou, achei que comigo também achei que seria assim.
Mas A-HA! Eu estava errada.
Veio a Lady, e os meninos. Poxa. Meus meninos maravilhosos, só eles conseguem ser perfeitos como eles.
Agora, paralela à minha vidinha cheia de regras e horários, eu tenho vida de rockstar (com exagero e tudo). Ensaios periódicos, roquenrrôu, alcóol, em suma, toda a quimerazinha com a qual eu sempre sonhei (secretamente).
Curioso é que mais uma vez sou a bendita entre os homens.
Curioso é estar 12 da noite tomando vinho ruim e fazendo música na missão.
Curioso é que Aaaah como eu gosto disso.
Menininhos meus: Vocês São A Melhor Coisa Que Me Aconteceu Esse Ano. Huhullll.




É. Eu estou muito feliz por estar aqui.




Só não quero pensar nas escolhas que eu terei que fazer. Que a vida se encarregue por mim.





Tudo vai dar certo se Deus quizer.
Se ele não quizer, a culpa não é minha.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Eu quero saudades dignas, dias silenciosos, música e café quente.
E basta.
Café
Café
Café

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Redescobrindo Ruas

Tudo bem que eu tinha 14 anos, estava apaixonada, com excesso poético, voltava sozinha da escola no Sol escaldante e precisava de uma distração.
A rua a qual me refiro não é bonita, não tem casas lindas, e tem o hospital onde se amontoam
todos os doentes da micro-região daqui. Mas ela tem aquilo. Aquilo que sabe que se tem, mas
não se consegue por nome nenhum. Para se acreditar é necessário abstração poética, digamos.
São 8 anos da mesma rua reta, sem sombras, sem ninguém. Só eu, alunos atrasados e motoqueiros. Mas eu gosto. Lá tem aquele que de quem se perde e acha um lugar acolhedor, sem becos escuros e caras mal encarados. Pelo menos meio-dia e vinte.
Ok. Esqueci da rua, desapaixonei, tive deficit poético, tenho milhares de distrações e tenho companhia. Mas a rua ainda surte efeito. Hoje a noite ainda estava tudo lá.
Agora com becos escuros e caras mal encarados. Mas a rua ainda surte efeito. Já eram 10 da noite. Mas a rua ainda surte efeito. A explicação é um termo geográfico. Azimute.
Nunca se está perdido quando se tem um.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Pequenos Benefícios Mensais

Entre Junho e Julho:

-Voltei a conviver com Pp-u
-Voltei a estudar de forma eficaz
-Voltei a ler diariamente naquela fome
-Entrei na Lady
-Voltei a ser saudável
-Voltei a ter felicidades instantâneas e inexplicáveis



Ora ora. E eu que pensava que uma vez fora dos eixos nunca se voltava.