segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Lourdes Modesto, Hoje, 8:00 am.

Felicidade solitária vira tristeza.
Tristeza solitária passa.
A solidão é só um momento de transição. Involutária e independentemente, vi os sentimentos escorrendo para aquele canto do mundo onde as coisas se perdem.
Eu preciso distinguir e nomear os sentimentos que eu invento e que só existem por aqui.
Parar de me preocupar com isto e voltar a sentir.
Devo para de sentir saudades dos tempos loucos e inconsequentes.
Transição, transição, transição é uma doença. E não existe atestado, analgésico ou anestésia para isso.
Eu odeio transições.
Eu sou transitiva.
Eu não me acostumei nem comigo, nem com as minhas transições.
I need a drink but the well has run dry.
Dor nos olhos de insatisfação. Com tudo não. Com a falta que me acostumar com tudo me faz. Uma maré que aumenta saudora e um dia diminuirá.
Só a música salva.
Só o café salva.
Só eu me salvo do meu jeito.
Dor poética. Dor. Dor. Dor. Dor.
Eu preciso muito. É só isso. Abstinência. Se usa muito, gasta-se. Quando se para de usar, sente-se falta.