sábado, 4 de outubro de 2008

COMPLETAMENTE sem nexo e cheio de confusão. Ou Minha vida anda tão completa e vazia.

Hoje eu quero ir prum lugar alto de novo.
Bem alto. Uma varanda alta. Bem alta.
Normalmente quando as coisas embaralham, esculhambam e tudo o mais, eu quero subir. Talvez por estar no baixo demais e precisar de um equilíbrio, talvez porque o ar seja mais rarefeito e eu goste de respirar menos, de ter mais dificuldade.
Certas épocas da vida, como essa, possuem um contraste que deixam os problemas todos COMPLETAMENTE evidentes. E tudo machuca. Porque eu fico sabendo realmente onde dói, porque dói.
É quando as músicas se repetem, o silêncio senta ao lado e fica te olhando, com aquela cara de silêncio, de quem tem todas as respostas mas não pode contar, é segredo, você tem que descobrir tudo sozinho.
Cansa muito.
Eu, que já não ando conseguindo fazer muita coisa, caio pro buraco do coisa alguma. E lá meu amigo, lá as coisas pioram muito. É uma avalanche de dores que não se consegue expressar, e minha vida cheia de gritos e choros (internos) invalida-se completamente, perdendo ainda mais a utilidade, o brilho, a importância, o significado. Meu peito se auto-estraçalha na inércia, no frio, num mundo de sensações inexplicáveis e redundantes.
Não, eu não tenho porquês. Nem quero. Não se explique, não para mim. Quem não entende, não importa.
Eu quero meu lugar alto, escuro, alcóolico e doce.

(Fim da parte desesperada.)