A moça aceitou facilmente aquele convite para comer biscoitos. Onde já se viu moça negar biscoitos? No outro dia, arrumação e aquele ritual do perfume, tudo seguido a reta, rotina. Descer aquela rua calorenta, ensolarada, não vai chover por muito tempo, pensou. Depois de voltas na rua, não a sós, ela e o moço finalmente sentaram-se para ouvir a música e o que eles realmente queriam: um ao outro. Milhares de afirmações e concordâncias fizeram sorrir a certeza do inusitado, e a noite adentrando e passando por demais obstáculos fez dos corações amigos de longa data. Amores.
Ele pediu a receita, ela deu. Sequer tinha dado receita, muito menos pensado numa antes, mas lá no fundo havia uma, nem tão complexa assim.
O ritual de giros que tinha seguido a tarde toda também percorria a noite e enfeitava todo o acontecimento. Arrepios, não decorrente do vento de iminência da tempestade que vinha.
A noite se tornou bela até o limite.
Cavalheiro, devagar, encantando, tirando da moça sorrisos que nunca pensou que existiam dentro dela.
Agora acreditavam, ambos em borboletas no estômago.
Devagar, que a pressa estraga.
Fechou os olhos e aguardou.
Que nome poderiamos dar àquele encontro de lábios que não foi somente beijo? Perfeição não se chama somente de beijo. O mundo parou e se bem me lembro deuses, como certa vez com Ulisses e sua dama, fizeram crescer o tempo e aqueles minutos perduram até hoje, talvez até o infinito.
E começou a chover.
A chuva acalmou os nervos daquele despertar intenso que tinha se feito lá no alto daquelas vidas.
Os olhos se reencontraram e a moça se recusou a acreditar que tudo tinha se tornado tão bom num minúsculo pedaço de sempre.
Hoje eles ainda estão lá, se beijando eternamente, porém, ela pede profundamente que o faça tão feliz como ele faz dela, e ele cuida e vela desse contentamento mútuo.
Anjo ♥
Ele pediu a receita, ela deu. Sequer tinha dado receita, muito menos pensado numa antes, mas lá no fundo havia uma, nem tão complexa assim.
O ritual de giros que tinha seguido a tarde toda também percorria a noite e enfeitava todo o acontecimento. Arrepios, não decorrente do vento de iminência da tempestade que vinha.
A noite se tornou bela até o limite.
Cavalheiro, devagar, encantando, tirando da moça sorrisos que nunca pensou que existiam dentro dela.
Agora acreditavam, ambos em borboletas no estômago.
Devagar, que a pressa estraga.
Fechou os olhos e aguardou.
Que nome poderiamos dar àquele encontro de lábios que não foi somente beijo? Perfeição não se chama somente de beijo. O mundo parou e se bem me lembro deuses, como certa vez com Ulisses e sua dama, fizeram crescer o tempo e aqueles minutos perduram até hoje, talvez até o infinito.
E começou a chover.
A chuva acalmou os nervos daquele despertar intenso que tinha se feito lá no alto daquelas vidas.
Os olhos se reencontraram e a moça se recusou a acreditar que tudo tinha se tornado tão bom num minúsculo pedaço de sempre.
Hoje eles ainda estão lá, se beijando eternamente, porém, ela pede profundamente que o faça tão feliz como ele faz dela, e ele cuida e vela desse contentamento mútuo.
Anjo ♥